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Regresso de Passos Coelho à vista. Marques Mendes diz que não será imediato, mas “vai acontecer”

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Carlos Barroso / Lusa

Luís Marques Mendes

No habitual comentário de domingo, Luís Marques Mendes falou no eventual regresso de Pedro Passos Coelho à política. O comentador e antigo líder do PSD referiu ainda que vão chegar a Portugal mais 1,8 milhões de doses da vacina e que a imunização pode ser atingida em setembro.

Esta semana, numa das suas raras intervenções públicas desde que deixou a atividade política, o ex-primeiro-ministro Pedro Passos Coelho criticou a atuação do Governo e do Presidente da República no caso do cidadão estrangeiro morto nas instalações do SEF, e a reversão da privatização da TAP.

No seu habitual espaço de comentário na SIC, Luís Marques Mendes referiu que o regresso de Passos Coelho à política não será imediato, mas que vai acontecer.

Mais ano, menos ano, vai fazer um regresso à vida política. Não sei se será para ser candidato a primeiro-ministro, ou para ser candidato a Presidente da República, mas acho que vai fazer isso. Não é no imediato”, disse.

Numa entrevista ao Expresso, André Ventura, líder do Chega, disse ter o desejo de integrar um Governo formado pelo antigo primeiro-ministro, mas Marques Mendes avisou que o eventual regresso de Passos “não é por causa de André Ventura”.

“Ventura fez um número político, dizendo que tem saudades, mas foi só para provocar o PSD e Rui Rio”, atirou o atual conselheiro de Estado, afirmando que se Passos regressasse como líder do partido, “o espaço de André Ventura diminuía, o potencial crescimento do Chega era menor”.

Sobre o Governo de António Costa, Marques Mendes criticou as medidas confirmadas para o Natal e disse que vão chegar mais 1,8 milhões de doses da vacina a Portugal.

“A Comissão Europeia terá comprado à farmacêutica Moderna mais 80 milhões de doses. Se se confirmar, Portugal pode ter mais 1,8 milhões de vacinas. É uma ótima notícia, porque a Moderna é uma daquelas que está para ser aprovada em janeiro”, explicou o comentador da SIC, citado pelo Expresso.

Se o processo correr bem, até setembro pode estar vacinada 70% a 80% da população. De acordo com as contas de Marques Mendes, vão chegar no primeiro trimestre do próximo ano 1 milhão e 200 mil doses, no segundo cerca de 7,5 milhões doses e no terceiro trimestre cerca de 8,5 milhões doses – mais de 17 milhões de doses de vacinas contra a covid-19 até outubro.

Remodelação pode ficar na gaveta

Sobre uma eventual remodelação ministerial, Luís Marques Mendes acredita que deverá ficar na gaveta até “depois da Presidência da União Europeia”.

Na sequência deste adiamento, Costa arrisca “uma desvantagem, que é o acentuar alguma degradação que já existe”, mas também uma vantagem: “se correr bem a vacinação, vai ter um ambiente mais favorável”.

Na semana passada, a secretária de Estado dos Negócios Estrangeiros e da Cooperação e o secretário de Estado da Agricultura e do Desenvolvimento Rural deixaram o Governo a pedido de António Costa.

Além de “sangue novo”, ou seja, novas caras e figuras, o Governo necessita, na ótima de Marques Mendes, de ter um vice-primeiro-ministro, “um verdadeiro número dois, com estatuto e peso político”.

“O primeiro-ministro sozinho não dá para as encomendas. E a situação vai agravar-se nos próximos seis meses com a Presidência Portuguesa da UE. Vai ser uma grande presidência lá fora. Mas corre o risco de correr mal cá dentro. O primeiro-ministro não pode ir a todas as situações e estar em todo o lado. E este, como se tem visto, é um Governo unipessoal. Ou há primeiro-ministro ou não há Governo“, declarou o comentador.

Liliana Malainho, ZAP //

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2 Comments

  1. O Passos deve estar à espera que os Portugueses esqueçam, acho que não devia vir nas próximas décadas, a não ser que o PSD queira ficar abaixo do CDS…

  2. Não tenho nada contra nem a favor com o M Mendes nem o PSD, assim como também com a SIC alem de não gostar do desrespeito para com os telespectadores quer no que diz respeito a Programação e falta de jornalismo em vez de pivôs, mas gostava de saber, as autoridades não dizem, o que MM terá feito em beneficio da SIC para que a SIC esteja obrigada a manter o seu posto semanalmente á já largos anos, já o mesmo se passa na TVI com o Paulo Portas e outros do flanco extremo de direita da politica portuguesa, a TVI até parece ter um tipo casa do Artista para políticos de extrema direita desempregados ou reformados, já que as autoridades fazem que não veem.

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