Tedros Adhanom Ghebreyesus, diretor da Organização Mundial de Saúde (OMS), avisou esta segunda-feira que o mundo precisa de se preparar melhor para a próxima pandemia e pediu aos países para investir na saúde pública.
“Esta não será a última pandemia”, avisou Ghebreyesus, citado pelo revista Sábado. “A História ensinou-nos que os surtos e as pandemias são um facto da vida. Mas quando chegar a próxima pandemia, o mundo tem que estar preparado – mais do que esteve agora.”
O diretor da Organização Mundial de Saúde (OMS) falou do “nacionalismo das vacinas” contra a covid-19, que só iria abrandar os esforços para controlar a pandemia e pediu que as vacinas sejam usadas de forma justa e eficaz.
Na mesma conferência de imprensa, a OMS considerou as reinfeções por covid-19 “quase irrelevantes” do ponto de vista estatístico. As palavras foram empregues pela epidemiologista da OMS Maria Van Kerkhove, que falava na habitual videoconferência de imprensa na sede da organização, em Genebra, na Suíça.
Segundo a líder técnica da resposta da OMS à covid-19, “apenas houve uns poucos casos de reinfeção”, entre os mais de 27,1 milhões de infetados em todo o mundo, e “até agora não foram muito relevantes”. De qualquer forma, continuamos a estudá-los em laboratórios de diferentes países”, ressalvou.
A especialista em doenças infecciosas emergentes assinalou que, até ao momento, as pessoas infetadas com o novo coronavírus, incluindo os assintomáticos, desencadearam ao fim de uma ou duas semanas a formação de anticorpos que dão uma certa proteção contra possíveis reinfeções, ainda que não se saiba durante quanto tempo.
Maria Van Kerkhove adiantou que os cientistas estão a estudar que anticorpos se terão formado em doentes que se reinfetaram, como o de um paciente de Hong Kong que viajou para Espanha pouco antes de ter covid-19 pela segunda vez.
ZAP // Lusa
Coronavírus / Covid-19
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