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Metade da lotação e fecho às 23h. Reveladas mais medidas para a reabertura dos restaurantes

Os restaurantes vão poder reabrir na segunda-feira com metade da lotação e deverão ter uma hora limite para fechar igual para todos, provavelmente as 23:00, afirmou esta sexta-feira o presidente e deputado único do Chega.

André Ventura falava aos jornalistas no final de uma reunião com o primeiro-ministro, António Costa, na residência oficial de São Bento, em Lisboa, antes de o Governo tomar decisões sobre a segunda fase de reabertura gradual das atividades e estabelecimentos encerrados devido à pandemia de covid-19.

Apontando a reabertura dos restaurantes como “um dos momentos mais preocupantes” do chamado desconfinamento, o deputado do Chega declarou: “Sabemos que vai haver uma hora limite, provavelmente as onze horas da noite”.

“Será sempre com limites de presença, com uma lotação de metade e com um horário restrito na medida em que, tanto quanto nos pareceu, a hora de encerramento será igual para todos e universal, o que significa que não poderá haver espaços abertos para além dessa hora”, acrescentou.

A Associação da Hotelaria, Restauração e Similares de Portugal (AHRESP), a maior do género em Portugal, lançou entretanto um documento, elaborado em parceria com a Direção-Geral da Saúde, no qual deixa uma série de recomendações para os restaurantes, que abrem já segunda-feira, regressarem ao “novo-normal”, no jornal Observador.

O documento em causa pretende esclarecer detalhadamente temas como as distâncias e limites de lotação nos restaurantes, a funcionalidade de buffets e serviços de self-service, bem como a limpeza e higienização.

Promover o agendamento, privilegiar a utilização de espaço exteriores (esplanadas), garantir espaços de dois metros entre os clientes, optar, sempre que possível, pelo pagamento em cartões, estafetas com máscara, limitações no self-service e hortícolas lavados folha a folha são algumas das recomendações deixadas.

Ventura quer saber “qual é o estatuto” de Centeno

Sobre a atualidade política, André Ventura realçou que esta quinta-feira no parlamento não obteve “nenhuma resposta de Mário Centeno sobre a situação política em que se encontra” e questionou “qual é o estatuto” do ministro das Finanças nesta altura, considerando que tem “muito poucas condições para continuar do cargo”.

Por outro lado, reafirmou a ideia de que o primeiro-ministro, António Costa, tentou “desviar as atenções do que se tinha passado no Novo Banco lançando Marcelo Rebelo de Sousa, e Marcelo Rebelo de Sousa depois confirmando a sua recandidatura presidencial”.

Em relação às medidas de reabertura a adotar pelo Governo, o presidente do Chega disse ainda que por enquanto “os espaços noturnos vão permanecer encerrados, quer bares, quer discotecas, quer outros espaços noturnos” e que “discotecas, ginásios e outros espaços podem nem reabrir no verão”, porque “as decisões vão ser tomadas caso a caso”, o que saudou: “Parece-nos o mais correto”.

O deputado único do Chega voltou a manifestar reservas em relação à “descompressão significativa de medidas” que está prevista, defendendo que “comporta alguns riscos” e que “é preciso que haja não só o tempo mas também os mecanismos para que se faça uma avaliação atempada desse risco e das consequências dessa reabertura”.

“Vamos entrar provavelmente no período mais crítico – e foi isso que conversámos também com o senhor primeiro-ministro – de avaliação e de combate à pandemia”, considerou. André Ventura frisou que “o Chega continua a entender que em matéria de festivais e de espaços de cultura de massas as regras, a existirem, devem uniformes, mesmo em matéria de ação política” e disse ter recebido do primeiro-ministro “a garantia de que esta matéria será clarificada”.

ZAP // Lusa

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