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André Ventura quer que salários dos políticos sejam reduzidos em 12,5%

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Mário Cruz / Lusa

O deputado do Chega, André Ventura

O deputado único do Chega, André Ventura, entregou esta manhã, às 10h, 62 propostas de alteração ao Orçamento do Estado para 2020. Numa delas, Ventura propõe uma redução de 12,5% nos salários dos políticos.

Na introdução, o deputado explica, de acordo com o jornal Público, que a aprovação desta medida seria “um gesto de solidariedade muito concreto da classe política para com os mais pobres”.

Ventura faz o seu diagnóstico de Portugal: um país onde “onde se morre numa lista do SNS à espera de um ato médico, onde os polícias para defender as suas vidas precisam de tirar do seu orçamento familiar para comprar coletes à prova de bala, onde cada vez mais pessoas vivem na rua, onde idosos deixam de comer para poderem comprar medicamentos”.

André Ventura conclui que “não é justo que os políticos não sejam solidários para com estes portugueses”. “O vencimento mensal ilíquido dos titulares de cargos políticos é reduzido a título excecional em 12,5%”, lê-se no diploma do Chega.

“Sendo eu deputado, espero poder ser o primeiro a dar o exemplo dessa redução de vencimento. Sei que alguns dirão que isto é populismo, outros que é demagogia. Eu não aceito que deputados, o Presidente da República ou um ministro tenham os vencimentos que têm quando médicos, chefias na administração interna e outros lutam para ter um salário mínimo”, disse.

A 8 de janeiro, quando anunciou que votaria contra o OE2020, Ventura disse que entregaria propostas de alteração. O deputado já tinha avisado que uma delas iria no sentido de reduzir os vencimentos de todos os titulares de cargos políticos, desde o Presidente da República até aos presidentes de juntas de freguesia, incluindo os deputados entre os 5 e os 7,5%. Na altura, usou a expressão “de forma faseada”, mas agora opta pela ideia de que seja feito “a título excecional”.

Em 2018, o executivo começou a pôr progressivamente fim ao corte de 5% que se mantinha nos salários de membros de gabinetes governamentais desde a entrada da troika, mas manteve a redução idêntica aplicada aos salários dos titulares dos cargos políticos e dos gestores públicos. Em entrevista ao Expresso, António Costa assumiu que esta seria a legislatura certa para acabar com aquele corte.

ZAP //

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1 Comment

  1. Como não concordar com todas estas “saborosas”medidas populistas ????………… o Pior, se alguma vez estes Srs. venham a ser Governo, e de levarmos com a outra face da moeda. Exemplos não faltam ao longo da História!..com papas e bolos se enganam os tolos !

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