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Isabel dos Santos esteve em Portugal, mas saiu na hora da reunião entre procuradores

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Tiago Petinga / Lusa

A empresária angolana Isabel dos Santos

No mesmo dia, Isabel dos Santos chegou e saiu de Portugal, onde esteve em Lisboa para conceder “plenos poderes” aos seus representantes legais no processo de alienação do capital do Eurobic.

Isabel dos Santos esteve em Lisboa, esta quinta-feira, mas acabou por sair do país no mesmo dia, na hora da reunião entre o Procuradora-Geral portuguesa e o Procurador-Geral angolano. A empresária angolana esteve em Portugal para conceder “plenos poderes” aos seus representantes legais.

Isto acontece após o Procurador-Geral de Angola, Hélder Pitta Grós, ter admitido a possibilidade de emitir um mandado de captura internacional para Isabel dos Santos. Há uma investigação por branqueamento de capitais a decorrer contra a empresária, mas esta não foi ouvida porque saiu do país quando foi notificada.

“Não conseguimos, até hoje, ter a engenheira Isabel dos Santos presente para poder, também, prestar declarações nesse inquérito, porque… assim que ela foi notificada, no mesmo dia ela abandonou o país“, revelou, esta semana, Pitta Grós.

O Jornal de Notícias avança que a sua “visita-relâmpago” a Portugal foi feita com o intuito de dar “plenos poderes de representação” no processo de alienação do capital do Eurobic. Além disso, participou na decisão de saída de três representantes da NOS e no reconhecimento do novo gestor do Eurobic.

O Ministério Público (MP) português decidiu ainda que vai investigar as suspeitas de branqueamento de capitais a partir de Portugal. Isto porque as autoridades angolanas não têm a jurisdição para investigar a lavagem de dinheiro feita fora do país. Pelo que se sabe, também ainda não foi feito nenhum pedido de cooperação às autoridades portuguesas.

Em causa estão três transferências no valor total de quase 58 milhões de dólares feitas a partir de uma conta da Sonangol no EuroBic, em Lisboa. O dinheiro teve como destino uma offshore gerida por Mário Leite da Silva, braço-direito de Isabel dos Santos.

Segundo apurou o jornal Público, o MP deverá retirar uma certidão do inquérito que visa Isabel dos Santos que continua pendente no Departamento Central de Investigação e Ação Penal há vários anos.

A investigação à filha do antigo presidente angolano José Eduardo dos Santos pode ainda trazer sequelas ao antigo ministro das Finanças Fernando Teixeira dos Santos. De acordo com o Correio da Manhã, o Banco de Portugal considera impossível a continuação de Teixeira dos Santos na administração do EuroBic.

Com a atual administração do banco em final de mandato, o ex-ministro de José Sócrates corre o risco de não ser reconduzido no cargo. Este assunto foi discutido numa reunião da administração realizada esta quarta-feira, onde se decidiu a venda dos 42,5% do capital detido por Isabel dos Santos.

Todavia, fonte oficial do banco garante que Teixeira dos Santos não está na iminência de abandonar a presidência-executiva do EuroBic. Segundo o Observador, a sua saída poderá ser remetida para março/abril, altura em que há nova assembleia eletiva de órgãos sociais. Teixeira dos Santos ainda não falou publicamente sobre as suspeitas descritas na investigação do Luanda Leaks.

ZAP //

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1 Comment

  1. Estranho é o governo angolano proteger tanto o manuel vicente, já que foi ele que começou com a corrupção na sonangol.
    já na operação fizz o governo angolano protegeu-o de imediato
    porque será que o governo angolano protege tanto manuel vicente

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