Rui Tavares sentiu “vergonha alheia” durante discurso de Joacine no Congresso do Livre

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LIVRE / Facebook

O fundador do Livre, Rui Tavares, disse ter sentido “a vergonha alheia dos outros” durante o discurso de Joacine Katar Moreira no congresso do fim de semana.

Em entrevista ao Diário de Notícias, o fundador do Livre disse que “sentiu que as pessoas que estavam a ver aquilo estavam incomodadas” com o partido. “Senti a vergonha alheia dos outros. Senti que as pessoas que estavam a ver aquilo estavam incomodadas e incomodadas connosco, com o Livre, comigo também é duro quando se fez um partido”, confessou.

O IX Congresso do Livre, que decorreu no fim de semana, ficou marcado pela eleição dos novos órgãos e pelo adiamento da decisão relativa à retirada da confiança política à deputada Joacine Katar Moreira. No seu discurso, a deputada exaltou-se e disse: “Isto é inadmissível, isto é mentira, tenham vergonha, mentira absoluta!”, batendo no púlpito onde subiu para reagir às considerações contidas na resolução da 42.ª Assembleia do partido.

O dirigente do Livre considerou também que a deputada rompeu com o partido, porque rapidamente cessou contactos, ainda antes do voto da Palestina, na Assembleia da República. Rui Tavares lembrou que os compromissos para se exercer o mandato em nome do Livre são a “exigência na atitude, na postura, na responsabilidade, na forma de responder às perguntas dos eleitores, dos jornalistas e dos próprios camaradas de partido”.

De acordo com o fundador do Livre, continuaram a não ser dadas respostas básicas para que os camaradas do partido sentissem a segurança de depois a poder defender. Questionado sobre se existe quebra de confiança em Joacine Katar Moreira, Rui Tavares sublinhou que “lamentavelmente há compromissos que não estão a ser seguidos”.

Em relação à desilusão do partido com a deputada, o historiador salientou que “há um erro de comportamento pós-eleitoral por parte da Joacine, de atitude em relação aos eleitores, em relação ao partido, e essa atitude também conta porque ela também é política”.

Rui Tavares disse também que vai defender em assembleia que o partido retire a confiança política a Joacine Katar Moreira, salientando concordar com o grupo de contacto.

O percurso de Joacine desde que se tornou deputada eleita tem sido marcado por polémicas. Na origem da discórdia entre a deputada e o seu partido, o Livre, esteve a abstenção da deputada numa votação de condenação de uma ação militar de Israel na Faixa de Gaza.

A deputada do Livre assumiu “toda a responsabilidade” do voto, afirmando que o fez contra o que acredita, e atirou as culpas ao partido por “dificuldade de comunicação” entre a própria e a atual direção do Livre.

Depois dessa polémica, nos corredores do Parlamento, Joacine não respondeu a perguntas. Seguiu acompanhada pelo assessor, Rafael Esteves Martins, e escoltada por um segurança, que tentou afastar os jornalistas. Entretanto, a tensão agravou-se ainda mais quando a deputada falhou o prazo de entrega do projeto de lei sobre a nacionalidade, uma das principais bandeiras do partido.

ZAP //

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5 Comments

  1. Quem é que não sentiria vergonha de alguém que afinal tão descaradamente só queria usar o estatuto de deputada para vaidades e poder usufruir de um vencimento vitalício sem ter nada que fazer!

    • Seria mais “Subvenção vitalícia” o que implica estar em funções no mínimo de dois mandatos, ou seja 8 Anos. O que certo é, se for erradicada do seu Partido, pode na mesma conservar o assento de deputada, mesmo sem apresentar nenhum trabalho. E é isso que a espertalhona, tem como objectivo principal. No mínimo são 4 Anos a boa vida, com.., e assim sim!! um “vencimento” chorudo. Tanto o Livre e nós Contribuintes esta-mos feitos ao bife !…e ele vai ser duro de roer!

  2. Meus caros também ficou muito claro (ainda bem que tivemos oo previlégio de ver as declarações da sr.ª deputada) que Rui Tavares e companhia tinha montado um plano para golpear a sr.ª e ficar com o lugar que em sucessivos atos eleitorais não lograram alcançar. A irritação destes senhores, como também se percebeu, teve a ver numa segunda fase com os cargos de assessores, cujas “sugestões” ela declinou optando por convidar outras pessoas do partido que no seu entender mais fizeram por merecer. O sr. Tavares ficou de fora, olha meu amigo, temos pena.

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