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Missão ExoMars tem uma “boa hipótese” de encontrar vida no Planeta Vermelho

Goddard Space Center / NASA

Os cientistas da missão ExoMars explicaram que neste momento não é ainda claro se existe realmente vida em Marte e, caso realmente exista, resta saber até que ponto é que estas formas de vida extraterrestres podem ser semelhantes àquelas que existem na Terra.

O “lander” InSight da NASA pousou com sucesso em Marte no fim de novembro passado, tendo já colocado o primeiro instrumento em solo marciano. Esta missão tem feito bons progressos no estudo da superfície do Planeta Vermelho, mas Lewis Dartnell, astrobiólogo e investigador da Universidade de Westminster, acredita que uma outra missão – a ExoMars 2021 – tem uma “boa hipótese” de encontrar vida em Marte.

Tal como refere o jornal britânico The Sun, Dartnell é um dos cientistas que ajudou a projetar o veículo ExoMars, que deverá ser lançado para Marte em 2021 pela agência espacial russa Roscosmos e pela Agência Espacial Europeia (ESA).

Segundo o cientista, depois de pousar, o veículo da ExoMars perfurará dois metros na superfície marciana de forma a alcançar a profundidade que “esteve protegida das duras condições em Marte”, extraindo depois amostras do solo que os cientistas esperam que possam conter “bactérias capazes de partir moléculas”.

“Estamos a procurar blocos de construção da vida e esperamos verificar se já houve vida em Marte. Queremos perceber até que ponto o planeta tem sido quente e húmido. Seria mais uma grande evidência de que Marte foi um mundo mais quente e húmido e que já foi como a Terra”, disse o cientista.

Caso se encontre sinais de vida em Marte, explicou o cientista, é importante perceber depois até que pontos estas formas de vida poderão ser semelhantes às encontradas na Terra. “O que não sabemos até agora é se existe vida em Marte e, se existe, quão semelhante é à vida encontrada na Terra. É realmente alienígena? É fundamentalmente diferente? Ou simplesmente funciona de forma diferente?”, questionou o cientista.

“O tipo de vida que esperamos encontrar são bactérias unicelulares ou bactérias resistentes”, acrescentou Lewis Dartnell. A primeira forma de vida é um tipo de vida microbiana e, segundo revela o cientistas, o que mais entusiasma a equipa é encontrar algumas algo que tenha sobrevivido em Marte e trazê-lo depois de volta à Terra para estudá-lo e perceber como é que funciona.

Em julho deste ano, uma equipa de cientistas italianos anunciou ter descoberto no Planeta Vermelho um enorme lago que, por conter água líquida localizada abaixo do gelo, que a “protegeu das variações de temperatura sazonais”, poderia teoricamente servir como habitat para formas de vida locais.

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