A sonda que vai estudar o interior de Marte aterrou na segunda-feira no planeta, anunciou a agência espacial norte-americana NASA.
A aterragem, pouco antes das 20h00 de Lisboa, foi aplaudida no centro de controlo da missão InSight, na Califórnia.
Momentos depois, a sonda enviou para a Terra a primeira fotografia da superfície de Marte, uma imagem pouca nítida devido provavelmente à poeira causada pelo seu impacto.
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A NASA aguarda agora atualizações de informação dada pelos satélites em redor do planeta para confirmar se a InSight aterrou no local previsto, uma ampla planície, a Elysium Planitia.
A missão InSight, que tem uma duração de dois anos, pretende dar respostas sobre a evolução da formação dos planetas rochosos do Sistema Solar, incluindo a Terra, ao estudar o tamanho, a espessura e a densidade do núcleo, manto e crosta de Marte e a temperatura interior do planeta.
O trabalho do InSight é estudar o interior profundo de Marte, obtendo os sinais vitais do planeta. A obtenção desses sinais vai ajudar a equipa científica da missão InSight a vislumbrar uma época em que os planetas rochosos do Sistema Solar se formaram. As investigações vão depender de três instrumentos:
Um sismógrafo com seis sensores, de nome SEIS (Seismic Experiment for Interior Structure), vai registar ondas sísmicas que viajam pela estrutura interior do planeta. O estudo das ondas sísmicas vai dizer aos cientistas o que poderá estar a criá-las.
A suite HP3 (Heat Flow and Physical Properties Package) vai escavar mais fundo do que qualquer outra pá, broca ou sonda em Marte antes de medir quanto calor está a ser emanado para fora do planeta.
Finalmente, a experiência RISE (Rotation and Interior Structure Experiment) vai usar os rádios do veículo para avaliar a oscilação do eixo de rotação de Marte, fornecendo informações sobre o núcleo do planeta.
A sonda aterrou em Marte ao fim de uma viagem de seis meses e meio, depois de ter sido lançada para o espaço a 5 de maio deste ano.
O InSight representa o regresso das sondas à superfície de Marte depois de um interregno de seis anos, desde que a sonda Curiosity chegou à superfície do planeta em 2012.
ZAP // Lusa