A saída de Azeredo Lopes do cargo de ministro da Defesa é já uma possibilidade defendida dentro do próprio Governo, revela o jornal Público nesta quinta-feira.
O ministro da Defesa conseguiu sobreviver ao roubo de armas em Tancos e ao seu aparecimento encenado, mas Azeredo Lopes corre agora o risco de abandonar o Governo liderado por António Costa após a constituição de arguidos dos dirigentes da Polícia Judiciária Militar (PJM).
De acordo com informações que o Público recolheu, a saída do ministro da Defesa do Governo poderá ocorrer depois da aprovação do Orçamento do Estado para 2019 – caso não venha a ser constituído antes, cenário que levaria à cessão de funções imediata.
Para o Governo, toda a situação é considerada muito grave. O facto do ex-diretor da PJM, o coronel Luís Vieira, e o seu antigo porta-voz, Vasco Brazão, – tutelados por Azeredo Lopes – terem sido constituídos arguidos no âmbito do processo fragilizaram a imagem do ministro da Defesa, nota o matutino.
Também o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, preferia uma saída rápida de Azeredo Lopes do executivo. Tal como nota o diário, António Costa estará a adotar uma estratégia semelhante à que levou à saída de Constança Urbano de Sousa, que ocupou o cargo de ministra da Administração Interna entre novembro de 2015 e outubro de 2017.
Segundo o Público, a saída da ministra já estava prevista no Governo quando a intervenção do Presidente, na sequência dos fogos de 15 de Outubro, acelerou o processo. O primeiro-ministro estará agora a fazer o mesmo com o ministro da Defesa.
Se fosse primeiro-ministro, Rio já teria demitido Azeredo Lopes
O presidente do PSD disse esta sexta-feira que, se fosse primeiro-ministro, o ministro da Defesa, já teria saído do Governo, porque ficou “fragilizado politicamente” com o caso do reaparecimento das armas de Tancos.
Em declarações aos jornalistas em Trancoso, Rui Rio frisou que “cabe ao primeiro-ministro dizer se o ministro da Defesa pode ou não, deve ou não, continuar”. Mas, se fosse primeiro-ministro, Rui Rio “não tolerava uma situação destas”, por a considerar “absolutamente insustentável” por vários motivos.
“Se eu fosse primeiro-ministro, o ministro da Defesa já tinha saído. Penso até que, através de conversas a dois, teria saído pelo seu próprio pé”, afirmou.
Segundo o líder social-democrata, “independentemente de ser verdade ou não ser integralmente verdade aquilo que tem vindo a público”, é “absolutamente inquestionável” que “o ministro da Defesa está fragilizado politicamente”.
Por isso, “não tem condições de se impor como ministro da Defesa, à frente das Forças Armadas, que requerem alguém com peso político e respeitabilidade inquestionável”.
“A responsabilidade não é minha, é o primeiro-ministro que tem de decidir e responsabilizar-se por isso, de arrastar esta situação, ou não arrastar. Eu faria diferente. Já se arrastou demasiado tempo”, acrescentou.
ZAP // Lusa
Já ontem era tarde!!
Começo a duvidar seriamente da necessidade de existir um Ministro da Defesa.
O anterior só serviu para vender (dar!) os Estaleiros de Viana aos seus amigos; este é uma nulidade que não sabe de nada nem diz nada!…
Depois da saída inevitável de Azeredo, após votação do OE, os holofotes virar-se-ão para António Costa. Alguém acredita que ele também não sabia da encenação ?!
Todos sabiam. Até o fantoche PR sabia da história toda. As forças armadas assaltadas e o ministro da tutela pactua com o ladrão ! Viva Portugal. Viva a geringonça portuguesa !
Toda a gente sabia de tudo. isto è uma guerra política e os “mexilhões” serão sempre os mesmos (e alguns menos atentos que serão apanhados nas dobras)…
Quanto a mim já é tarde demais e ele próprio já deveria ter tido a iniciativa de sair pelo seu próprio pé e o senhor 1º ministro ao estar tão firme na sua defesa só demonstra estar também por dentro da situação, o caso é demasiado grave para se brincar ás guerrilhas com armas a sério e a credibilidade das F.A., do Governo e do País ficam por mãos alheias.
Estas anedotas ridículas só são próprias de um governo geringonceiro. Não há autoridade com sentido de Estado. Está tudo abandalhado. Quando o seu timoneiro (leia-se primeiro ministro) acolhe e defende um ministro atolado até às orelhas, ridicularizado até externamente, vejam bem como vai este Portugalito. Até é confrangedor e mete dó, o papelinho triste do comandante supremo das forças armadas: não ata nem desata. Que triste figura, também. Portugal, como tu estás, com esta gente mediocre !
No limite nem nunca tivemos ministro da defesa
De facto não se entende muito bem a existência deste cargo, pois, segundo sei (mas posso estar errado) é o PR é o chefe supremo e quem manda das nossas FA.
Costa andava com ele pela trela, mas ele acaba de cair. A confiança de Costa, afinal, está muito em baixo.
Finalmente o homem não resistiu mais e bateu com a porta, poderia ter sido mais coerente e ter abandonado bem antes, não só deu a entender que está também implicado na marosca como comprometeu o seu amigo e camarada Costa que se prontificou a meter as mãos no fogo por ele e que sai também beliscado da contenda pondo em causa a sua credibilidade como 1º ministro e a do governo. Os governantes terão que começar a perceber que são apenas uns servidores do Estado e não donos disto tudo, caso contrário dos poucos que já confiam em políticos acabarão esses também por desacreditar.
Costa sai chamuscado desta paródia.
Costa sai chamuscado desta paródia.
Não se demitiu. Foi demitido, uma hora depois da reunião entre o Presidente da República e Costa