Dara Khosrowshahi, o novo CEO da Uber, perguntou ao alunos numa visita à universidade IIT Delhi na India: “para quê cavar túneis quando se pode utilizar o ar?” A provocação não passou despercebida a Elon Musk, e respondeu.
A pergunta de Khosrowshahi tinha dois objectivos distintos. Em primeiro lugar, servir de introdução ao novo protejo da Uber de criar “táxis voadores”. Dara reforçou a ideia de que estes táxis voadores não são uma miragem de um futuro distante e que poderão estar disponíveis dentro de “5 a 10 anos”.
Por outro lado, a pergunta era uma farpa indirecta a Elon Musk, o fundador da Tesla, que, entre os seus inúmeros projectos revolucionários, lançou a Boring Company, empresa com a qual está a escavar uma rede de túneis subterrâneos para fazer ligações rodoviárias de alta velocidade entre Nova Iorque e Washington DC.
A provocação do empresário irano-americano não passou despercebida a Elon Musk, que não perdeu a oportunidade e respondeu de imediato no Twitter.
“Se já adoras drones a voar por cima da tua casa, vais adorar ainda mais um vasto número de carros a voar por cima da tua cabeça, que são mil vezes maiores e mais barulhentos e que rebentam com qualquer coisa que não esteja pregada ao chão quando aterram”, escreveu sarcasticamente Elon Musk.
As reacções ao anuncio de que a Uber vai entrar no negócio dos táxis voadores têm sido mistas. Se alguns receberam com entusiasmo a ideia de carros voadores a transportar pessoas pelos ares, outros consideram-na extremamente irrealista – especialmente num espaço temporal de apenas 10 anos.
Principalmente porque, salientam alguns, a Uber não tem à frente nenhum Elon Musk – um bilionário visionário com o mau hábito de sonhar coisas que transforma em realidade pouco tempo depois de chocar o Mundo com o seu anúncio.
Taxis voadores já existem à muito tempo, sejam helicópteros ou aviões…