Indiano teria 114 anos, embora tal nunca tenha sido reconhecido pelo Guinness. O “Tornado de Turbante” começou a correr aos 89 anos. Foi atropelado em junho por um homem de 26 anos, que seguia em alta velocidade e que foi detido esta terça-feira.
O homem considerado o maratonista mais velho do planeta, o indiano Fauja Singh, morreu aos 114 anos na Índia, atropelado por um carro, anunciou esta terça-feira o seu biógrafo.
Apelidado de ‘Tornado de Turbante‘, o indiano foi atingido por um veículo enquanto atravessava na segunda-feira uma rua na sua terra natal, no distrito de Jalandhar, no Estado de Punjab, no noroeste do país, adiantou Khushwant Singh na sua conta na rede social X.
“O meu ‘Tornado de Turbante’ já não existe, descansa em paz, meu querido Fauja”, disse Khushwant Singh, que partilhou esta quarta-feira um vídeo de Fauja
O clube de atletismo e instituição de caridade, ‘Sikhs in the City’, com sede em Londres, confirmou a sua morte, acrescentando que após o acidente foi transportado para o hospital, onde morreu.
Esta quarta-feira, a BBC adianta que Amritpal Singh Dhillon seguia em alta velocidade quando atropelou o idoso.
O primeiro-ministro indiano, Narendra Modi, prestou homenagem a Singh, realçando que foi “extraordinário pela sua personalidade única e pela forma como inspirou os jovens da Índia num tema tão importante: o fitness”.
RAMINDER PAL SINGH/EPA

Fauja Singh, no centro, a correr no evento promocional “Run for the City”, realizado em Amritsar, Índia, a 22 de janeiro de 2012.
Fauja Singh nunca conseguiu apresentar uma certidão de nascimento, mas a sua família afirma que nasceu em 1 de abril de 1911, quando a Índia ainda fazia parte do império britânico.
Ganhou notoriedade ao começar a correr maratonas aos 89 anos, inspirado pelas transmissões televisivas, como forma de lidar com as mortes da mulher e do filho. Conhecido em todo o mundo, o homem com uma farta barba e de turbante carregou a chama olímpica em 2004 e 2012.
Fauja Singh correu a distância de 42,195 quilómetros pela última vez em 2013, em Hong Kong, quando tinha 101 anos.
No entanto, devido à falta de documentação que comprovasse a sua idade, o Guinness World Records não lhe atribuiu oficialmente o título de maratonista mais velho do mundo.
De acordo com os relatos, extraía a sua energia e vitalidade através do consumo regular de ‘laddu‘, um doce local, e de leite coalhado.
ARNE DEDERT/EPA

ZAP // Lusa