O líder do partido opositor venezuelano Vontade Popular (VP), Leopoldo López, entregou-se esta terça-feira às autoridades, que o acusam de estar envolvido nos protestos violentos que provocaram três mortos e dezenas de feridos na semana passada.
“Este é um momento negro, em que os delinquentes são premiados pelo Governo e os venezuelanos que querem uma mudança em paz são encarcerados. Hoje apresento-me perante uma justiça injusta, que não julga segundo a Constituição e as leis. Se o meu encarceramento serve para acordar o povo, valerá a pena”, disse Leopoldo López ao entregar-se.
Segundo a imprensa venezuelana, Leopoldo López é acusado por um tribunal venezuelano dos delitos de “associação, instigação para cometer delito, intimidação pública, incêndio a edifício público, danos a propriedade pública e lesões graves” e de “homicídio intencional qualificado executado por motivos fúteis e não nobres” relacionados com dois dos três mortos durante confrontos entre opositores e apoiantes do Presidente venezuelano.
O Presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, confirmou que o presidente da Assembleia Nacional, o socialista Diosdado Cabello, transportou o líder opositor Leopoldo López para uma cadeia nas proximidades de Caracas.
“Neste momento Diosdado está a conduzir o seu carro levando López para uma cadeia nas proximidades de Caracas. Acabámos por cuidar da sua vida e sei que os seus pais sabem que salvámos a vida do filho”, disse.
O Presidente da Venezuela falava no palácio presidencial de Miraflores, para milhares de trabalhadores da empresa estatal Petróleos de Venezuela SA, que esta terça-feira marcharam em Caracas, convocados pelo Governo, a propósito da assinatura de um novo contrato coletivo de trabalho e para demostrar apoio ao atual Chefe de Estado.
“Para que vocês vejam o que faz uma revolução para garantir a paz. Nós acabámos por cuidar da vida de Leopoldo López”, disse o Presidente venezuelano, sublinhando que as autoridades descobriram que “a ultradireita de Miami”, tinha contratado um grupo de “sicários” para assassinar o opositor e responsabilizar o seu Governo.
Nicolás Maduro frisou ainda que o opositor tem que responder “pelos seus apelos para a sedição e desrespeito da Constituição”.
Leopoldo López Mendoza, economista e político venezuelano, 42 anos, veemente opositor do governo de Maduro, foi Presidente da Câmara de Chacao entre 2000 e 2008.
ZAP/Lusa
Um grande exemplo.
Que o Povo não fuja, a fuga não resolve.
A fuga é uma covardia, se na luta alguns tombarem, valeu a pena para os estantes.
Ui… isso por aí anda mesmo atrasado…
A noticia só tem 5 anos (2014)!!