O número de aldeias evacuadas, no concelho de Góis, subiu para 27, por uma questão de precaução, segundo as declarações do secretário de Estado da Administração Interna.
“Não estão em perigo, só que a forma como o incêndio se está a desenvolver pode vir a pôr em perigo” estas populações. “Temos os operacionais localizados nesses lugares para proteger os bens”, acrescentou Jorge Gomes.
O município de Góis faz fronteira com Pedrógão Grande e Castanheira de Pera, no distrito de Leiria, e com o concelho da Pampilhosa da Serra, no distrito de Coimbra, para onde as chamas progrediram, após deflagrarem no sábado, em Fonte Limpa.
O comandante operacional da Proteção Civil, Vitor Vaz Pinto, disse que o incêndio” é preocupante”, uma vez que está a lavrar com grande intensidade, informação corroborada pela ministra da Administração Interna.
“Góis é uma situação preocupante, o incêndio está a lavrar com grande intensidade e a ser objeto de análise muito particular”, afirmou no segundo balanço do dia feito no posto de comando instalado em Avelar, no concelho de Ansião, em Leiria.
Já em relação ao incêndio que deflagrou em Pedrógão Grande no sábado adiantou que neste momento, “85% ou mais do perímetro está em rescaldo e consolidação”, sendo que, acrescentou, estão a ocorrer diversas reativações, sobretudo, devido às condições meteorológicas adversas.
80 bombeiros espanhóis chegam hoje a Portugal para ajudar no combate ao incêndio de Góis, disse à agência Lusa fonte oficial do Ministério da Administração Interna. A mesma fonte adiantou que 40 bombeiros da Galiza chegam a Portugal por via terrestre e outros 40 operacionais de várias regiões espanholas por helicóptero.
Também ao abrigo deste acordo bilateral estão a combater os incêndios da região centro de Portugal, desde domingo, dois aviões Canadair e bombeiros espanhóis.
Um Canadair proveniente de Marrocos chega hoje a Portugal para ajudar no combate aos incêndios. Hoje, a ministra da Administração Interna tinha afirmado aos jornalistas que estavam a ser feitos contactos com o país para disponibilizar os meios aéreos possíveis.
O número de incêndios a lavrar em Portugal tem aumentado nas últimas horas, registando-se pelas 15h30 de hoje um total de 40 fogos florestais, mobilizando 2.816 operacionais, auxiliados por 928 viaturas e 24 meios aéreos, segundo a Proteção Civil.
O incêndio que deflagrou no sábado à tarde em Pedrógão Grande, no distrito de Leiria, provocou pelo menos 64 mortos e mais de 150 feridos, segundo um balanço de hoje.
O fogo começou em Escalos Fundeiros, e alastrou depois a Figueiró dos Vinhos e Castanheira de Pera, no distrito de Leiria. Desde então, as chamas chegaram aos distritos de Castelo Branco, através do concelho da Sertã, e de Coimbra, pela Pampilhosa da Serra.
Este incêndio já consumiu cerca de 26 mil hectares de floresta, de acordo com dados do Sistema Europeu de Informação de Incêndios Florestais.
ZAP // Lusa
Incêndio em Pedrógão Grande
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