O Sindicato dos Jornalistas apelou ao jornal Expresso para que divulgue o nome dos profissionais da classe que terão recebido pagamentos da ES Enterprises, o chamado “saco azul” do Grupo Espírito Santo (GES), uma das empresas offshore apanhadas nos Panama Papers.
O semanário divulgou que os documentos do Panamá demonstram que o GES, através da ES Enterprises, fez pagamentos regulares a jornalistas, além de ter desembolsado avenças a políticos.
Contudo, o Expresso, que juntamente com a TVI integra o consórcio internacional que investiga os Panama Papers, não revelou o nome de nenhum dos jornalistas alegadamente envolvidos.
O Sindicato dos Jornalistas alerta, numa nota no seu site, que esta situação põe “em causa todos os jornalistas”.
Assim, desafia o semanário “a que sejam revelados os nomes dos mencionados ‘jornalistas’, à semelhança do que tem acontecido, aliás, com outros profissionais, de forma a poder actuar em conformidade nos casos que, e se, vierem a ser provados”.
O Sindicato pede a “clarificação” que considera necessária em nome da “credibilidade do jornalismo”, sublinhando que este é um princípio “fundamental em democracia” e que “não podemos deixar que ela seja minada por suspeitas cuja existência ainda está por provar, nem permitir que toda uma classe fique sob suspeita”.
O órgão sindical revela ainda que esta terça-feira escreveu ao director do Expresso, Pedro Santos Guerreiro, para que o semanário identifique os jornalistas envolvidos no caso.
A offshore que funcionaria como o “saco azul” do GES já estaria a ser investigada pelo Ministério Público, antes da divulgação dos Panama Papers, no âmbito de suspeitas em torno de pagamentos não registados nas contas do grupo que era o principal accionista do BES.
ZAP
Jornalistas vendem-se, jornalistas compram-se?
Onde é que fica então a credibilidade das notícias?
Há muito tempo que leio e descodifico as “entrelinhas” de todas as notícias.
“O Sindicato pede a “clarificação” que considera necessária em nome da “credibilidade do jornalismo”…”
Mas… qual credibilidade?
Só falta é revelar os jornalistas que corromperam “alguéns” para conseguir as tais “fugas” que deram origem aos Panama Papers (que se deve ler “Os documentos do Panamá” e não “Os papéis do Panamá”…)… Isto sem falar nas quantias e quem foi corrompido! Mas isso só vai acontecer no dia do São Nunca… á tarde…
…e lá vão os recém-eleitos (por eles próprios) defensores da moral e da ética… todos borrados… e o pior é que nem sequer é surpreendente!