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Detido em Lisboa suspeito procurado pela Operação Lava Jato

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Raul Schmidt Felippe Junior, operador financeiro luso-brasileiro detido no âmbito da Operação Lava Jato

A Polícia Judiciária (PJ) deteve esta segunda-feira, em Lisboa, Raul Schmidt, sócio de um ex-diretor da Petrobras suspeito procurado no âmbito da Operação Lava Jato. 

O operador financeiro Raul Schmidt Felippe Junior, procurado pelas autoridades de Brasília, foi localizado pela Polícia Judiciária e detido esta manhã num apartamento de luxo no centro de Lisboa.

O Diário de Notícias reporta que a operação da PJ, que começou na madrugada, ainda está a decorrer. De acordo com o Correio da Manhã, participaram na detenção, além da PJ, um dos procuradores brasileiros que colabora da operação Lava Lato, um juiz português.

A Polícia Judiciária cumpria uma carta rogatória da Polícia Federal brasileira com vista à prisão preventiva do suspeito, que estava em fuga desde julho de 2015, no âmbito da 25ª fase da Operação Lava Jato, que investiga o escândalo de corrupção na petrolífera brasileira Petrobras, tratando-se da primeira incursão internacional da mesma, de acordo com o portal G1.

De acordo com um o comunicado da Procuradoria da República no Estado do Paraná, Raul Schmidt é suspeito de estar envolvido no pagamento de luvas a antigos diretores da Petrobras, nomeadamente Renato de Souza Duque, Nestor Cerveró e Jorge Luiz Zelada.

Além disso, terá ainda atuado como intermediário de empresas internacionais na obtenção de contratos de exploração de plataformas da Petrobras.

O operador financeiro vivia em Londres, onde tinha uma galeria de arte, mas mudou-se para Portugal quando a Operação Lava Jato começou.

“Estava verdadeiramente escondido”, afirmou uma fonte da PJ ao Observador, devido ao facto de ter sido difícil encontrá-lo no país. Uma fonte da PJ descreveu ao Público que o suspeito – cidadão brasileiro com dupla nacionalidade – não saía de casa e contaria com o apoio de familiares em Portugal.

A Operação Lava Jato, uma investigação da polícia federal brasileira, começou em março de 2014 e é vista como uma das maiores investigações a corrupção e branqueamento de capitais no Brasil.

ZAP

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