O furacão que está a afundar a bolsa chinesa está a fazer-se sentir nas negociações para a venda do Novo Banco ao chineses da Anbang.
O Expresso adianta que as negociações estão nesta altura num impasse, descrevendo que a Anbang, que tem ações de empresas chinesas, está a ter prejuízos e tem-se mostrado indisponível para melhorar as condições.
Em causa está o preço – e a dimensão do prejuízo a assumir pelo Banco de Portugal no processo. Tal como se encontra a proposta neste momento, os prejuízos poderiam chegar aos dois mil milhões de euros para o Fundo de Resolução.
O Diário Económico cita “fontes conhecedoras do processo” que afirmam que o grupo segurador chinês está a endurecer a sua posição negocial, acentuando-se o braço-de-ferro em torno da capitalização do Novo Banco, apontado neste momento como “o maior problema”.
O Banco de Portugal exige um reforço de capital para acautelar contingências e os resultados dos testes de stress europeus, mas o grupo segurador chinês exige um maior nível de conforto, com menores reforços na capitalização além da inicialmente prevista pelo comprador – na ordem dos mil milhões de euros.
A Anbang foi o comprador eleito pelo Banco de Portugal para dar seguimento às negociações, que têm que estar concluídas até segunda-feira, 31 de agosto. Caso a venda não se concretize, caberá ao Fundo de Resolução a recapitalização do banco, que provavelmente será suportado pelo Estado.
ZAP
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Está mais que visto que será o Estado português a ter que desembolsar o montante da recapitalização. Não há qualquer margem para dúvidas. O CEO do Anbang já afirmou que a aquisição do Novo Banco em Portugal deixou de ser uma prioridade e que se encontra neste momento mais interessada em reforçar posições já contratualizadas com algumas empresas chinesas que se encontram em situação de risco inerente. Assim, esqueçam a compra do Novo Banco por capitais chineses. Mais um agravar da crise portuguesa se fará notar no quarto trimestre deste ano bem como no novo ano. Saudações.
Neste momento a China faz melhores ‘aplicações’ fora que entre portas e antecipar com o discurso da ‘desgraça’ como o faz sem olhar outras portas que se encontram entreabertas não deixa de ser o que é – Culto da desgraça.
Tenha em conta que o fundo de resolução é o único responsável e mesmo que à data não tenha fundos para cobrir qualquer desvio, o estado EMPRESTARÁ a diferença cujo capital será ONERADO!
Venda-se a chineses ou por convite directo a candidatos anteriores e/ou outros investidores vinculados ao mesmo caderno de encargos, qualquer alternativa não terá custos para os contribuintes, mesmo com a eventual quota parte da CGD por se tratar de “fundo de resolução”!
Entre nacionalizar e a solução adoptada incluindo o percurso futuro, não restam dúvidas, tratando-se de um banco privado e ao que parece ‘do regime’ que em menos de 8 anos trepou no ranking – vai-se saber mais tarde como – que a mais competente e eficaz solução foi a que, aliás reconhecidamente, foi adoptada, havendo lugar à justiça para os verdadeiramente enganados por criminoso(s). Sim, certamente havia investidores à boleia do mesmo comboio!