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Variante britânica espalha-se pelo mundo. Itália, Suécia e Canadá registam novos casos

As autoridades de saúde suecas e italianas anunciaram este sábado a deteção dos primeiros casos de infeção com a nova variante do coronavírus originária do Reino Unido, em pessoas que tinham estado naquele país. Também o Canadá registou dois casos com a nova variante.

Segundo a agência de notícias EFE, as autoridades de saúde suecas deram este sábado conta da deteção de um primeiro caso de uma pessoa infetada com a nova variante do coronavírus originária do no Reino Unido. As mesmas fontes adiantaram que se trata de uma pessoa que entrou no país vinda da Grã-Bretanha e que foi isolada assim que entrou na Suécia.

As autoridades suecas tinham decidido, na segunda-feira, encerrar temporariamente as fronteiras, tanto com o Reino Unido, como com a Dinamarca, um dos primeiros países onde foi detetado o contágio com aquela variante logo após o ter sido acionado o alarme devido à situação no Reino Unido.

A variante britânica da covid-19, aparentemente mais contagiosa, foi também detetada em testes realizados a várias pessoas nas regiões italianas de Véneto, Campânia, Marcas e Apúlia nos últimos dias, conforme anunciado pelas autoridades. Até o momento, foram apurados três casos em Véneto (nordeste da Itália), segundo o governador da região, Luca Zaia, numa conferência de imprensa.

De acordo com a diretora-geral do Instituto Zooprofilático de Veneza, Antonia Ricci, nos últimos dias foram analisadas amostras de outros cinco pacientes que estiveram na Grã-Bretanha e, em dois casos, foi identificada a chamada variante inglesa nas províncias de Vicenza e de Treviso (Véneto).

Adicionalmente, o Instituto Telethon de Genética e Medicina de Pozzuoli, na região sul da Campânia, também detetou seis casos da variante inglesa em testes realizados recentemente no aeroporto de Capodichino (Nápoles), em pessoas provenientes de Londres.

Nas restantes amostras analisadas, foi identificado um total de 8 variantes diferentes, todas pertencentes ao “tipo B” do SARS-CoV-2, muito difundido na Europa.

Os voos do Reino Unido foram proibidos imediatamente após a notícia da descoberta da nova variante. O trabalho cuidadoso de controle continuará nos próximos dias, filtrando as chegadas e acompanhando a evolução da epidemia, para garantir as máximas condições de segurança “, declarou o presidente da região da Campânia, Vincenzo De Luca.

Nos dias 21 e 22 de dezembro, o Instituto Zooprofilático Experimental de Apúlia e Basilicata anunciou o resultado positivo para a nova variante de vírus em duas pessoas que tinham estado no Reino Unido. Também na região do Lácio, cuja capital é Roma, foi detetado o caso de uma pessoa portadora da variante inglesa do vírus, que esteve nos últimos dias na Grã-Bretanha.

A Itália permitiu o regresso de italianos residentes no país, mediante a realização de um teste PCR para a presença do novo coronavírus antes da sua entrada, bem como a obrigatoriedade de cumprir período de quarentena.

O Canadá também registou este sábado dois casos de infeção com a nova variante do vírus da covid-19 que apareceu no Reino Unido, anunciaram as autoridades de saúde canadianas.

O anúncio foi feito pelas autoridades de saúde de Ontário que, citados pela agência AFP, referem que as duas pessoas infetadas são um casal que “não têm um histórico de viagens, exposição (ao vírus) ou contactos de alto risco”. Segundo a mesma fonte, o casal foi colocado em isolamento.

A variante inglesa do vírus já foi também detetada, pelo menos, nos Países Baixos, na Alemanha, França, Espanha e no Japão.

Mais de 50 países impuseram restrições nas viagens para o Reino Unido. Além disso, a proibição da ligação do Canal da Mancha já provocou problemas no porto de Dover e gerou receios de, em breve, haver escassez de alimentos nos supermercados do Reino Unido devido à suspensão das cadeias de abastecimento.

Grande parte da União Europeia (UE) prepara-se para iniciar a vacinação contra a covid-19 este domingo, numa ação que será desenvolvida de forma gradual e cuja primeira fase incidirá sobre as pessoas mais vulneráveis, idosos ou profissionais de saúde especialmente expostos a infeções.

ZAP // Lusa

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