As obras de arte, avaliadas em 197 mil euros, que foram apreendidas ao ex-primeiro-ministro, quando foi detido, poderão voltar às suas mãos muito em breve, na condição de depositário.
Caso José Sócrates
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José Sócrates, que alegou que nem todos os quadros são seus, tem agora cinco dias para aceitar guardá-los em casa até ao final do processo, que se poderá arrastar durante anos.
Esta é uma das várias decisões que o juiz de instrução Ivo Rosa tomou no despacho de abertura de instrução, assinado a 6 de novembro, segundo o Observador, e que vem marcar algumas diligências desta fase do processo, que irá decidir se o processo da Operação Marquês segue ou não para julgamento e com que arguidos e crimes.
A proposta de entregar as obras, que incluem a pintura “Salomé” de Júlio Pomar”, partiu do próprio Ministério Público (MP) ainda antes de o processo ser distribuído. Rosário Teixeira pedia ao futuro juiz de instrução que tomasse uma posição sobre as obras, referindo não se opor a que fossem entregues ao arguido José Sócrates, como depositário.
Isto significa que Sócrates seria apenas guardião das obras até se decidir todo o processo e perceber se, de facto, as obras foram adquiridas com dinheiro vindo das contas da Suíça e que as autoridades acreditam serem fruto de crimes de corrupção.
O juiz Ivo Rosa aceitou notificar José Sócrates para se pronunciar, nos próximos cinco dias, se concorda ou não guardar as obras que lhe foram apreendidas em 2014 e que foram compradas pelo amigo Carlos Santos Silva.
Em 2015, depois do interrogatório sobre o “desaparecimento” dos quadros de pintores como Eduardo Batarda, Almada Negreiros, António Ramalho, Silva Porto e Júlio Pomar, foram encontradas algumas das obras na casa da empregada doméstica da mãe do ex-primeiro-ministro. Sócrates não soube explicar como é que isso aconteceu.
Além disso, o ex-político não se lembrava de ter comprado um quadro de Júlio Pomar que estava na sua sala de jantar e não sabia quem adquiriu tais obras de arte.
Uma brincadeira que vai custar uma pipa de massa aos contribuintes durante e depois de julgarem se é que vai haver julgamento… Quando ele(s) processarem o estado por danos morais e financeiros quem vai pagar? O Senhor juiz ou o seu amigo Cavaco que lhe pediu o favor?
E que mais, o c…zinho lavado com água de malvas, não?