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Tancos foi crime organizado e não terrorismo (diz o El Mundo)

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(dr) Exército Português

O jornal espanhol El Mundo publicou esta segunda-feira uma notícia, na qual vincula o roubo de armas e material bélico ao “crime organizado e não ao jihadismo”.

Segundo o El Mundo, por trás do assalto aos paióis de Tancos, poderiam estar redes internacionais de tráfico de armas e não diretamente uma organização terrorista. E quem passou esta informação foi a Ministra do Interior, Constança Urbano de Sousa, ao seu homólogo espanhol Juan Ignacio Zoido.

A informação terá sido passada durante a reunião de segurança, que aconteceu esta segunda-feira, em Sevilha, e na qual estiveram presentes os países do G4 – França e Marrocos, além de Portugal e Espanha.

O roubo de uma quantidade “indeterminada de granadas, munições e explosivos gerou um alarme internacional”, diz-se lá fora. Entre as armas roubadas há granadas ofensivas e munições de 9mm, assim como granadas de gás lacrimogéneo, explosivos e outro tipo de material bélico.

“Inicialmente, a Polícia Judiciária Militar tomou conta do caso, mas depois a Unidade Nacional de Contraterrorismo tomou conta do caso fazendo disparar as especulações sobre uma possível ligação entre o que aconteceu e terrorismo jihadista”, escreve o diário.

O jornal espanhol fala ainda na “consequente polémica política à volta da falta de segurança do depósito do Exército, responsável pela segurança do arsenal”.

Segundo o Expresso, as autoridades suspeitam que o assalto se tratou “de uma encomenda” proveniente do submundo do crime organizado. Fontes ligada à investigação avançam que “muito possivelmente” o material roubado já não estará em território nacional, sendo que Espanha ou Marrocos são os apontados como os destinos mais prováveis.

O Expresso avança também que a Europol já está envolvida no processo e que é provável que os assaltantes já soubessem da falta de videovigilância bem como do horário das rondas de vigilância.

Entretanto, o Presidente da República veio pedir que se investigasse a possibilidade de haver ligações entre este furto e outros dois casos que ocorreram nos últimos dois anos em países membros da NATO, “um deles há poucos meses”.

Um dos assaltos mais recentes, e que está na mira das autoridades, ocorreu há menos de uma semana na região de Lyon, em França, apenas vinte e quatro horas após o incidente de Tancos.

De acordo com a imprensa francesa, quatro homens munidos com metralhadoras Kalashnikov assaltaram um campo de tiro em Saint-Chef e levaram 75 armas. O assalto deu-se na noite de 29 de junho e até esta segunda-feira nada se sabia sobre o paradeiro do grupo de assaltantes.

A Unidade de Contraterrorismo e Crime Organizado da PJ e da Polícia Judiciária Militar está também atenta a dois outros assaltos. Um deles aconteceu há precisamente um ano numa base militar americana da NATO em Estugarda, na Alemanha e o outro ocorreu em julho de 2015 perto de Marselha, em França.

ZAP //

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3 Comments

  1. Queriam o que milagres? Entao quem nunca foi a tropa sabia que as rondas de noite sao feitas com a arma descarrrgada?

    Acham que da pra defender contra terrorist as de Kalashnikov nao Mao. Haja paciencia.

  2. D’Nuno Alvares Pereira, volta para comandar as nossas Forças Armadas. Já agora o Viriato e o D. Afonso Henriques podem vir também.

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