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Suécia já tem acordo para impor medidas restritivas (mas ainda não está convencida)

Jonas Ekstromer / TT News Agency

O primeiro-ministro da Suecia, Stefan Löfven

A Suécia vai recuar na sua abordagem light à covid-19 e prepara-se para aplicar medidas restritivas. Os partidos já chegaram a acordo, mas o Governo não tem planos para usar já os novos poderes.

Os partidos suecos chegaram esta terça-feira a acordo para dar poderes de emergência ao Governo para fechar lojas, escolas e restaurantes, mas o Governo não tem planos imediatos para usar já esses poderes. Para já, irá manter a sua política liberal, não impedindo as pessoas de continuarem a fazer a sua vida social na rua.

De acordo com o Observador, apesar de os números na Suécia não serem os mais alarmantes da Europa, mas há dados que chamam a atenção. O país tem 7.693 casos confirmados, mas o número de mortos é muito elevado (591), acima dos registados em Portugal, que tem mais de 12 mil habitantes infetados.

Quando se cruza a mortalidade por milhão de habitante, a Suécia volta a ficar mal no retrato: 56 contra 34 em Portugal. Segundo o diário, uma das causas para esta mortalidade tão alta é o descontrolo do contágio em lares de terceira idade.

A ministra da Saúde afirmou que o Governo não tem planos concretos para usar os novos poderes que serão aplicáveis entre 18 de abril e 30 de junho. Esta iniciativa preventiva dá a margem legal ao Executivo para atuar rapidamente na aprovação de medidas de emergência, sem ter de passar pelo Parlamento.

Se, por um lado, os especialistas em saúde pública estão confortáveis com os resultados, adiantando que a queda dos novos casos confirmados nos últimos dias é um bom sinal, quem está no terreno a lutar contra a covid-19 está mais apreensivo.

A Suécia pode, assim, seguir o mesmo caminho do Reino Unido, que começou por evitar as medidas restritivas para, depois, emendar – ainda que com um atraso de semanas, que colocou o país na rota dos mais atingidos pelo novo coronavírus.

ZAP //

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