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SIRESP diz que “não houve falhas” no combate ao incêndio em Pedrógão Grande

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Nuno André Ferreira / Lusa

Bombeiros tentam combater o fogo na Serra da Arada, em São Pedro do Sul, Viseu

Um relatório de desempenho publicado, esta terça-feira, no portal do Governo pela entidade operadora do SIRESP conclui que não houve interrupções no funcionamento da rede e que o sistema esteve à altura do combate às chamas.

A entidade operadora do Sistema Integrado de Redes de Emergência e Segurança de Portugal (SIRESP) concluiu que “não houve interrupções no funcionamento da rede” do sistema de comunicações durante o incêndio que deflagrou em Pedrógão Grande, mas admitiu que se registaram “situações de saturação”.

“A informação apresentada permite concluir que não houve interrupção no funcionamento da rede SIRESP, nem houve nenhuma estação base que tenha ficado fora de serviço em consequência do incêndio”, refere o relatório de desempenho do SIRESP, publicado esta terça-feira no portal do Governo.

Este relatório vem assim contradizer os resultados hoje divulgados pela comunicação social da chamada “caixa negra” da Proteção Civil, que revela que muitos pedidos de ajuda não obtiveram resposta devido às falhas nas comunicações. Este documento foi disponibilizado pela ANPC ao primeiro-ministro no passado dia 23.

Ontem, a ministra da Administração Interna, Constança Urbano de Sousa, exigiu um estudo independente ao funcionamento do SIRESP e uma auditoria pela Inspeção-Geral da Administração Interna (IGAI) à Secretaria-Geral Administração Interna.

O SIRESP, uma Parceria Público-Privada (PPP) promovida pelo Ministério da Administração Interna, tem estado envolvido em polémica, depois de ter falhado nas horas críticas do incêndio que matou 64 pessoas em Pedrógão Grande, no distrito de Leiria.

O Sistema de Comunicações já tinha tido falhas em anos anteriores, havendo suspeitas em torno dos moldes em que foi assinado logo desde o início. A PPP vai custar, até 2021, 568 milhões de euros ao Estado.

O maior acionista da entidade gestora do SIRESP é a Galilei, empresa agora insolvente que antes era a Sociedade Lusa de Negócios (SLN), que caiu no seguimento da nacionalização do BPN, e que detém 33% das acções.

Os outros acionistas são a tecnológica Datacomp (9,55%), outra empresa do universo Galilei que está em Processo Especial de Revitalização, a PT (30,55%), a Motorola (14,9%) e a Esegur, sociedade da CGD e do Novo Banco que sucedeu ao ex-BES (12%).

ZAP // Lusa

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12 Comments

  1. Enquanto não se começarem a investigar SÈRIAMENTE estas PPP, e os seus tentáculos ao poder político e respectivas negociatas, Portugal não passará de um miserável país, onde tudo é permitido á máfia no poder, jornaleiros, comunicação social em geral, e a todas as lapas agarradas aos tachos e interesses diversos, em que os pequenos pagam e sofrem, para os CHUPISTAS e seus acólitos comerem e viverem á grande,e, ainda gozarem com a cara de quem roubam até ao tutano. Estamos a tornar-nos numa sociedade do vale tudo sem consequencias, De quem a culpa ?! …

  2. … não … é pior … 0/64 … sem sequer jogarem … fora os 250 lesionados… mas como isto é um pais de saloios e futebol …

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