O banco espanhol Santander formalizou hoje a manifestação do seu interesse na aquisição do Novo Banco, revelou em comunicado o Banco Santander Totta, entidade liderada por António Vieira Monteiro.
“Tendo em conta os termos de referência relativos à alienação do Novo Banco, SA, o Santander deliberou apresentar-se à primeira fase do respetivo procedimento, o que corresponde à entrega da manifestação de interesse”, anunciou Vieira Monteiro.
O Santander é a segunda entidade a dar este primeiro passo na corrida pela compra do Novo Banco, depois de o Banco BPI ter igualmente formalizado a sua manifestação de interesse no banco de transição que resultou da intervenção do Banco de Portugal no Banco Espírito Santo (BES) há uma semana.
O Fundo de Resolução, que detém 100% do Novo Banco, deu no dia 04 de Dezembro o ‘tiro de partida’ para a venda do Novo Banco, a entidade de transição que resultou da intervenção pública no Banco Espírito Santo (BES)
O negócio vai decorrer ao longo de quatro fases: manifestações de interesse, propostas não-vinculativas, propostas vinculativas e decisão final, estando a primeira já calendarizada para ser fechada até às 17:00 do último dia deste ano.
A “atractividade da oferta financeira”, leia-se, o melhor preço, é o principal critério de escolha entre as propostas que forem apresentadas para a compra da instituição agora liderada por Eduardo Stock da Cunha.
O segundo critério mais valorizado para a escolha do comprador será a sua disponibilidade para comprar a totalidade dos ativos colocados à venda, seguindo-se-lhe os planos estratégicos e de desenvolvimento apresentados para o Novo Banco, e o impacto geral da operação na concorrência e estabilidade do sector em Portugal.
Numa nota de análise divulgada recentemente, o banco alemão Deutsche Bank salientou que o Novo Banco é um ativo apetecível, tanto para bancos portugueses, como estrangeiros, pelo que espera “um grande interesse inicial” na instituição.
E apontou mesmo para a vizinha Espanha, admitindo eventuais propostas por parte do Banco Popular, BBVA e Sabadell.
Os chineses da Fosun (que compraram a seguradora Fidelidade à Caixa Geral de Depósitos no início do ano) também já entraram na corrida.
O ativo consolidado do Grupo Novo Banco é de 72.465 milhões de euros, os capitais próprios de 5,6 mil milhões de euros e o rácio de solvabilidade de 9,2%, de acordo com o balanço de abertura divulgado no dia 03 de dezembro.
Os depósitos de clientes totalizam 25,1 mil milhões de euros e a carteira total de crédito bruto a clientes 43,8 mil milhões de euros, dos quais 31,5 mil milhões de euros de crédito a empresas (72%) e 12,4 mil milhões de euros de crédito a particulares (28%).
/Lusa
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