“O que se diria de Rui Rio se estivesse de férias nesta altura…”

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José Coelho / Lusa

O presidente do Partido Social Democrata (PSD), Rui Rio

Nem à direita, nem à esquerda: não há oposição. E muitas vezes Marcelo tem de fazer de líder da oposição, considera Pedro Marques Lopes.

O Governo PS é de maioria absoluta mas está a “tremer” diversas vezes, desde que tomou posse há menos de um ano.

Em cerca de nove meses, 12 governantes – entre ministros e secretários de Estado – saíram do Executivo.

Entre problemas internos e problemas com a Justiça, já se tenta adivinhar quanto tempo dura este Governo liderado por António Costa.

Mas quem seria o seu sucessor? Onde está a oposição forte e credível nesta fase?

Pedro Marques Lopes confirmou que não existe oposição quando viu o debate da moção de censura apresentada pela Iniciativa Liberal, na semana passada.

“O debate correu lindamente até ao minuto que fechou, não poderia ter corrido melhor. Até André Ventura foi metido no bolso quando António Costa lhe disse que, se acontecer isto (ter rendimentos não declarados), a pessoa demite-se. E ele calou-se Estava tudo fantástico”, começou por analisar o comentador.

“O grande problema da moção de censura é a sensação com que nós ficamos que o Governo está a desmoronar e, depois, olhamos para a Assembleia da República e vemos que não há alternativa nenhuma ao Governo”, acrescentou, na SIC Notícias.

“Foi constrangedor ver o Partido Social Democrata (PSD) no debate da moção de censura. Nós olhamos para aquilo e pensamos: o que se passa aqui? O PSD parece que se ausentou. Foi uma participação inqualificável. Não há uma pessoa que consiga fazer um discurso”, atirou.

O comentador na SIC Notícias acha que este é um dos “dramas” do Presidente da República: “E por isso é que ele tem actuado tanto. Por isso é que tem sido, por vezes, colaborador do Governo, noutras vezes funciona como líder da oposição – porque não há oposição”.

Depois, Pedro Marques Lopes lembrou o facto de Luís Montenegro estar a controlar o partido à distância – o líder social democrata esteve de férias no México.

“Aliás, eu gostava de saber o que se diria de Rui Rio se Rui Rio estivesse de férias durante a maior crise que este Governo passou. O que se diria da sua actuação que não se disse desta liderança”, comentou.

“E depois olha-se para a esquerda… Essa então não existe. E este é que é o verdadeiro pântano: o Governo está assim e não há solução”, avisou o comentador.

Pedro Marques Lopes antecipou a frase que Marcelo Rebelo de Sousa disse no dia seguinte: “Desengane-se quem pensa que o presidente da República vai, em alguma circunstância, dissolver o Parlamento”.

Responsabilidade política?

Essa moção de censura não contou com a aprovação do PSD. O partido tem apontado vários motivos para o Governo ser substituído mas optou pela abstenção porque não defende “a queda do Governo”, segundo Luís Montenegro.

Mas o argumento de responsabilidade política é questionável neste caso: porque o PSD, mesmo que votasse a favor da moção de censura, não faria o Governo cair – há maioria absoluta do PS no Parlamento.

Nuno Teixeira da Silva, ZAP //

3 Comments

  1. O que mais convém a AC e PS é este tipo de comentadores televisivos que vão influenciando o povo dizendo que não há oposição ao PS. Então, neste caso, deve ficar tudo na mesma. Não é Sr. Pedro Marques?

  2. Este Pedro Marques Lopes faz análises sem grande profundidade. É um verdadeiro malabarista, só para manter o lugar no programa. Tão leviano que a sua análise, aqui, deixa logo transparecer a sua costela por Rui Rio. Este senhor talvez estaria melhor a vender cautelas na rua. As suas modestas reflexões enfermam muitas vezes de anedotismo, para não dizer patetice.

  3. Com a saída do Presidente Rui Rio, deixou de existir oposição ao Governo liberal/maçónico liderado pelo Sr.º Primeiro-Ministro António Costa.
    O PSD foi novamente capturado pelos liberais/maçonaria, e está em plena sintonia com as restantes forças políticas: PS, CDS, BE, CH, PCP, PAN, L, IL.
    Presidente Rui Rio, candidate-se novamente à Câmara Municipal do Porto (CMP), é preciso por um termo a toda a destruição da Cidade Invicta e na perseguição aos Portuenses e a sua Identidade, levada a cabo pela força política liberal/maçónica do «Porto, o Nosso Partido/Porto, o Nosso Movimento/Aqui Há Porto».

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