Rio pondera se leva adiamento das diretas novamente a votos

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O presidente do PSD, Rui Rio

Ainda não se sabe se o presidente do PSD vai apresentar um requerimento no Conselho Nacional do próximo sábado com vista a adiar o processo eleitoral interno.

Esta segunda-feira, a comissão permanente do PSD enviou uma nota aos militantes do partido na qual voltou a pressionar para que as eleições internas sejam adiadas para depois das legislativas. O órgão tentou mostrar que a antecipação seria “totalmente desajustada das circunstâncias que o país está a viver” e que está em causa “uma excelente oportunidade para o PSD aproveitar o bom resultado das autárquicas e ganhar” as eleições antecipadas que se avizinham.

O candidato à liderança Paulo Rangel não quis ficar sem resposta e, já esta terça-feira, enviou também uma carta às bases do partido para reafirmar que não é preciso “suspender a democracia para ganhar legislativas”, mas sim que o novo líder laranja esteja “legitimado”.

Para este sábado à tarde está marcado um Conselho Nacional extraordinário, onde, segundo o jornal Público, o eurodeputado vai propor a antecipação do congresso para 17, 18 e 19 de dezembro. Do lado de Rui Rio, não se sabe ainda se irá levar a votos o adiamento do processo eleitoral, até porque essa ideia já foi testada uma vez e não lhe correu de feição.

Tal como recorda o matutino, o atual líder não deverá querer repetir a derrota sofrida no Conselho Nacional do passado dia 14 de outubro, quando tentou adiar as diretas de 4 de dezembro, ideia que foi rejeitada de forma clara: 70 votos contra e 40 a favor.

A diferença é que agora há, de facto, uma crise política instalada, tal como avisou Rio. Assim, escreve o diário, o líder terá de “medir a temperatura aos conselheiros nacionais” para perceber se vale a pena insistir na proposta de adiar as eleições internas.

ZAP //

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