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Ricardo Salgado usou perdões fiscais para legalizar 34 milhões de euros

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Nisopedia / Wikimedia

Ricardo Salgado, ex-presidente do BES

Ricardo Salgado, ex-presidente do BES

Ricardo Salgado beneficiou de três perdões fiscais que lhe permitiram recuperar para contas em Portugal mais de 34 milhões de euros que estavam na Suíça.

Dados avançados pelo jornal Correio da Manhã revelam que Ricardo Salgado, ex-presidente do Banco Espírito Santo (BES), declarou mais de 34 milhões de euros no âmbito do RERT, o Regime Excepcional de Regularização Tributária, que permitiu recuperar para as contas nacionais elevadas quantias que estavam depositadas no estrangeiro.

Ricardo Salgado terá beneficiado de perdões fiscais nos anos de 2005, 2010 e 2012, argumentando sempre que estes valores, que se encontravam na Suíça, eram provenientes de trabalho feito exclusivamente no estrangeiro.

Além de Ricardo Salgado, outros elementos do universo BES terão usufruído também de perdões fiscais, adianta o Correio da Manhã.

O jornal cita os casos de António Ricciardi, pai de José Maria Ricciardi, de José Manuel Espírito Santo, Manuel Fernando Espírito Santo e de três filhos de Mário Mosqueira do Amaral.

O CM nota que, em conjunto, os membros da família de Salgado declararam às Finanças mais de 54 milhões de euros que estariam em contas na Suíça.

A legalização desta avultada quantia terá rendido ao Fisco 3,42 milhões de euros em impostos.

ZAP

2 Comments

  1. 54 milhões de euros terão rendido ao Estado 3,42 milhões de euros em impostos. Parece porreiro, pá! mas eu desconto muito menos a título de IRS, mas a que corresponde uma percentagem muito superior. Obviamente, sou um ilustre desconhecido, não tenho amigos na política. Mas, será que para os partidos socialistas e sociais-democrata esta repartição de taxas observa os princípios da justiça social? Não estarei com os meus poucos milhares de impostos pagos, a contribuir com muito mais esforço?
    Do que os partidos têm dado sinais, é que nada disso está para alterar, é que a lei fiscal tem sido feita para beneficio dos poderosos, do que resulta, o Estado e as instituições (Salgado era uma instituição, pelo que distribuía pelos partidos) não terem estado a cumprir com a Constituição, com os princípios da moral, nem terem mostrado qualquer preocupação com o Interesse Público e o bem comum, quando estão envolvidos os poderosos cá do jardim. É de chancas que tomam decisões

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