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Ricardo Salgado constituído arguido e em prisão domiciliária

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Miguel A. Lopes / Lusa

Ricardo Salgado, ex-presidente do BES

Ricardo Salgado, que foi esta sexta-feira inquirido no Tribunal de Instrução Criminal, já tinha sido interrogado e constituído arguido pelo Ministério Público na passada segunda-feira, no âmbito da investigação “Universo Espírito Santo”, revela uma nota da PGR.

Salgado fica obrigado “a permanência na habitação, de onde só pode sair com autorização do juiz”, disse o seu advogado, à saída do Tribunal Central de Instrução Criminal, em Lisboa.

A Procuradoria-Geral da República esclarece que, na sequência do interrogatório de segunda-feira, o Ministério Público apresentou um requerimento para que o ex-presidente do BES fosse presente ao Tribunal Central de Instrução Criminal, tendo em vista a aplicação de uma medida de coação diversa do termo de identidade e residência.

As investigações que decorrem no Departamento Central de Investigação e Ação Penal (DCIAP) no âmbito do denominado “Universo Espírito Santo” já levaram à constituição de seis arguidos, decorrendo cinco inquéritos autónomos e 73 apensos.

Segundo a mesma nota, enviada à agência Lusa, “foram constituídos seis arguidos no âmbito destas investigações, nas quais está em causa a suspeita da prática de crimes de falsificação, falsificação informática, burla qualificada, abuso de confiança, fraude fiscal, corrupção no setor privado e branqueamento de capitais“.

Estão em curso no DCIAP, no âmbito do “Universo Espírito Santo”, “cinco inquéritos autónomos e 73 inquéritos, que se encontram apensos a um daqueles. Estes inquéritos apensos respeitam a queixas apresentadas por pessoas que se consideram lesadas pela atividade desenvolvida pelo BES e pelo GES”.

As investigações referidas estão a cargo de cinco magistrados do Ministério Público do DCIAP, tendo sido ainda constituída uma equipa multidisciplinar de seis magistrados de outras jurisdições, “que intervém apenas em questões específicas relacionadas, designadamente, com o arresto de bens/recuperação de ativos, questões cíveis e de insolvência”, explica a nota da PGR.

O Ministério Público é coadjuvado nestas investigações por elementos da Polícia Judiciária e da Autoridade Tributária e Aduaneira, e mantém estreita colaboração com as entidades reguladoras, como o Banco de Portugal e a CMVM.

O ex-presidente do Banco Espírito Santo (BES), Ricardo Salgado, foi ouvido no Tribunal Central de Instrução Criminal, em Lisboa, relativamente ao processo do banco que liderou.

O ex-presidente executivo do Banco Espírito Santo fez-se acompanhar por dois advogados, entre os quais Francisco Proença de Carvalho.

/Lusa

5 Comments

  1. Em suma para além da caução de 3Milhões e bens arrestados “seis arguidos, cinco inquéritos autónomos e 73 apensos”… Para além do resto!

  2. Ou seja, chamando os bois pelos nomes: falsificadores, burlões, abusadores, vigaristas e corruptos.
    Tragam juízes do estrangeiro para os julgar e, já agora, árbitros de futebol também, que o campeonato está quase a começar!
    Ser corrupto faz parte da cartilha, pois através da troca de favores se perpetuam no poder e ninguém se sente no dever de os acusar de nada.

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