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Regresso de Manuel Monteiro aceite no CDS por unanimidade

Está confirmado o regresso de Manuel Monteiro ao CDS, partido que chegou a liderar. Em reunião, na noite desta segunda-feira, a concelhia da Póvoa de Varzim aprovou a reinscrição por unanimidade.

Monteiro acabou por decidir reinscrever-se e fê-lo na semana passada, no final de uma conferência sobre o futuro da direita, no Porto. Ao fazê-lo, passou a decisão sobre a sua refiliação para as mãos da concelhia em causa. Os estatutos do CDS estabelecem, no artigo 22.º, que cabe às concelhias “decidir sobre os pedidos de filiação”. Falta apenas o parecer final, que é da responsabilidade da secretaria-geral do partido.

Em declarações ao jornal Público, Salazar Castelo Branco, líder da concelhia de Póvoa, tinha-se declarado “contente” por a sua concelhia ficar envolvida no processo. E, segundo apurou o Expresso, esteve de acordo: Monteiro, que deixou o CDS para fundar em 2003 o concorrente Nova Democracia, pode mesmo voltar.

Já Assunção Cristas, questionada sobre o regresso de Monteiro, disse ter sabido da notícia pelos jornais e, sem referir o antigo líder em particular, garantiu considerar que “todos os votos são necessários e todos os apoios são muito bem-vindos“.

O regresso de Manuel Monteiro, era desejado por vários setores do partido, mas também visto como uma afronta pelos mais próximos do “portismo”. Há um ano e meio, Assunção Cristas assumiu, em entrevista ao Expresso, que o regresso de Monteiro viria abrir “feridas” antigas e incomodar pessoas próximas de si.

No entanto, na semana passada, Monteiro disse ao jornal ter apenas uma razão para hesitar quanto à filiação: os rumores que corriam e lhe apontavam uma suposta ambição para se candidatar de novo à liderança do CDS. O antigo presidente dos centristas assumia que votaria nestas eleições no seu ex-partido, mas assegurava não ter “absolutamente planos nenhuns” para avançar com nova candidatura.

Foi em 1998, após um mau resultado autárquico, que Manuel Monteiro anunciou a demissão da direção do partido. No congresso para eleição de uma nova liderança, Monteiro apoiou Maria José Nogueira Pinto contra Paulo Portas, que acabou por conquistar a presidência do CDS.

Em 2003, já desfiliado do CDS, Manuel Monteiro fundou um novo partido a Nova Democracia, cuja liderança abandonou em 2008. Desde 2010, depois de ter sido cabeça de lista do Nova Democracia/Missão Minho no círculo de Braga nas legislativas de 2009, afastou-se de qualquer atividade partidária.

ZAP //

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