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Quase nenhuma das mulheres no Ashley Madison era real

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AshleyMadison.com

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A publicação de dados do site de encontros extra-conjugais Ashley Madison continua a dar que falar. Já não é novidade que eram falsos muitos dos perfis femininos registados no serviço, mas um artigo publicado esta quarta-feira no Gizmondo revelou que o caso é ainda mais surpreendente.

Uma análise mais profunda das informações divulgadas pelo grupo hacker Impact Team mostrou que pouquíssimas das pessoas identificadas como mulheres eram, de facto, utilizadoras reais do serviço.

Para chegar a esta conclusão, a editora-chefe do Gizmondo, Annalee Newitz, analisou dados como os e-mails registados no site e os endereços IP dos acesso.

Newitz descobriu em primeiro lugar que cerca de dez mil dos e-mails registados terminavam com o domínio “ashleymadison.com” – um claro indício de que os perfis seriam falsos.

Além isso, um grande número dos e-mails pareciam ter sido criados por robôs. Por exemplo, e-mails como [email protected], [email protected] e [email protected].

Segundo o artigo do Gizmodo, mais de nove mil destes endereços numéricos eram usados por perfis femininos, enquanto apenas mil eram de perfis masculinos.

Newitz analisou seguidamente os endereços IP dos utilizadores registados.

Cerca de 80 mil dos IPs eram de computadores utilizados no escritório da Avid Life Media, a proprietária di Ashley Madison. E destes, mais de 68 mil eram de perfis femininos.

Este perfil de acesso faz recordar o caso de Doriana Silva, uma imigrante brasileira que pediu à Avid Life Media 20 milhões de dólares de indemnização por ter magoado os pulsos a criar perfis falsos de mulheres sensuais no Ashley Madison.

A análise de outros campos dos dados divulgados permitiu ver se havia actividade genuína nos perfis registados.

Um destes campos, <mail_last_time>, indicava a última vez que um utilizador tinha consultado a sua caixa de mensagens.

Do total de inscritos, mais de 20 milhões de homens tinham verificado o correio pelo menos uma vez, mas apenas 1.400 mulheres abriram a inbox durante toda a história de vida do site.

O campo <chat_last_time> indicava se o utilizador tinha usado o sistema de chat.

Enquanto 11 milhões de homens já o tinham usado, apenas 2.400 mil mulheres o tinham feito.

Por fim, o campo <paid_delete> mostrava os utilizadores que tinham pago para apagar as suas contas e para que as informações pessoais fossem eliminadas dos servidores da empresa.

Enquanto 173 mil homens tinham pago cerca de 16€ para ser “esquecidos” pelo serviço, apenas 12 mil mulheres o fizeram.

E, pior que tudo, os dados registados nunca eram realmente apagados.

A enorme desproporção entre acções masculinas e femininas não chega nem perto de corresponder ao comportamento esperado de um público que, segundo o anunciado pelo próprio site, era composto por cerca de 85% de homens e 15% de mulheres.

Annalee Newitz conclui que menos de 1% dos perfis femininos era utilizado por pessoas reais – não descartando ainda a possibilidade de que vários desses 1% de perfis possam ter sido criados por homens a fazer-se passar por mulheres.

Em conclusão, a probabilidade de um homem conseguir um caso extra-conjugal real usando o Ashley Madison era ínfima.

Ou seja, sem saber, os utilizadores colocavam em causa as suas relações reais, pela fantasia de ter uma relação extraconjugal inalcançável – pelo menos, não no Ashley Madison.

Além disso, os “arrependidos” que pagavam para que os seus dados fossem apagados, ainda eram vítimas de fraude – o seu registo continuava a existir.

As autoridades mantêm a sua versão de que os maus da fita deste caso são os hackers.

Mas há quem não concorde.

ZAP / POP

1 Comment

  1. conclusão ,se for mulher tem muito por onde escolher e pouca concorrência real ,sem duvida um bom site de encontros para o publico feminino 😉

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