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Procurador assume que prendeu Sócrates para investigar

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José Goulão / Flickr

Ex-primeiro ministro e ex-líder do PS, José Sócrates

O procurador Rosário Teixeira assumiu, na resposta aos recursos à prisão preventiva apresentado pelos arguidos José Sócrates e Carlos Santos Silva, que os quis manter presos para poder investigar. O procurador situará as suas suspeitas nos dois mandatos de Sócrates como Primeiro-ministro.

De acordo com a edição desta sexta-feira do Diário de Notícias, o procurador da Operação Marquês defende o recurso à prisão preventiva para os dois arguidos porque, “se estivessem em liberdade, José Sócrates e Carlos Santos Silva podiam forjar documentos e dar outro rumo à investigação“.

José Sócrates foi detido a 21 de novembro no aeroporto de Lisboa, proveniente de Paris, e encontra-se em prisão preventiva no Estabelecimento Prisional de Évora, indiciado de corrupção, branqueamento de capitais e fraude fiscal qualificada, da qual recorreu para o Tribunal da Relação de Lisboa.

Segundo a lei, quer o procurador quer o próprio juiz podem responder aos recursos apresentados pelas defesas dos dois arguidos contra as medidas de coação aplicadas pelo juiz Carlos Alexandre.

A posição de Rosário Teixeira é apresentada na sua resposta aos recursos, na qual, apurou o DN, o procurador reafirma as suspeitas que levaram à prisão preventiva do ex-Primeiro-ministro e do ex-administrador do grupo Lena e mantém que as mesmas incidem sobre o período em que Sócrates exercia funções de Primeiro-ministro.

A defesa de Sócrates tem mantido que não há qualquer indício ou prova de corrupção, com eventual excepção de um telefonema para o vice-presidente de Angola, ocorrido no verão passado, “por mera simpatia, com muito gosto e muito depois de ter deixado de exercer funções governativas”.

Segundo o procurador, também as entrevistas que Sócrates tem dado apontam para o “perigo de perturbação do inquérito”.

ZAP

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