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Sócrates refuta à SIC perigo de fuga e admite telefonema para Angola

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José Goulão / Flickr

Ex-primeiro ministro e líder do PS, José Sócrates

Ex-primeiro ministro e líder do PS, José Sócrates

O ex-primeiro-ministro José Sócrates, detido em Évora há mais de dois meses, refutou esta terça-feira que houvesse o perigo de fuga com que o Ministério Público (MP) fundamentou para a prisão preventiva, que considerou “abusiva, despropositada e ilegal”.

Em resposta a perguntas formuladas pela estação televisiva SIC, o ex-primeiro-ministro José Sócrates disse que “a insistência nesse absurdo ‘perigo de fuga’ mostra bem o espírito da investigação”.

Nunca fugi de nenhuma dificuldade, sempre as enfrentei”, afirmou, acusando o MP de ter avançado “sem provas ou sem que tenha fortes indícios de crimes”.

Sublinhando a “intenção persecutória” que lhe moveram, o preso 44 no Estabelecimento Prisional de Évora condena “as constantes violações do segredo de justiça” e frisou que “a única prova é a prisão”.

José Sócrates insiste na sua inocência, repetindo que “Carlos Santos Silva fez-me empréstimos que sempre tencionei e tenciono pagar“. E isso “não constitui crime, nem aqui nem em lado nenhum do Mundo”, conclui.

Inquirido sobre se teria, de alguma forma, ajudado os negócios do Grupo Lena, mesmo depois de deixar o Governo, e se recebeu algo em troca por isso, o ex-primeiro ministro diz que “nunca, em nenhuma circunstância”, durante todo o tempo em que exerceu funções governativas, tomou “qualquer iniciativa, directamente ou através de terceiros, para favorecer as empresas do Grupo Lena”.

Questionado sobre se em setembro de 2014 telefonou para o vice-presidente de Angola a interceder pelo Grupo Lena, José Sócrates esclarece que “já neste último verão, vários anos depois de ter saído do Governo”, fez esse contacto com gosto, “sem nenhum interesse que não fosse ajudar uma empresa portuguesa”.

Mais de um mês depois da entrevista à TVI, a 4 de janeiro, José Sócrates pediu que o MP diga quais são “os crimes concretos” que lhe são imputados.

“Onde é que estão as famosas ‘provas’ ou os ‘fortes indícios’ dos crimes que me imputam? E, ao certo, de que crimes concretos é que estamos a falar?”

Esta foi a sexta vez que Sócrates prestou declarações sobre o processo judicial em que está envolvido, conjuntamente com outros arguidos.

Indiciado de corrupção, branqueamento de capitais e fraude fiscal qualificada, José Sócrates foi detido a 21 de novembro, no aeroporto de Lisboa, proveniente de Paris.

Desde dia 25 do mesmo mês que o ex-primeiro-ministro está em prisão preventiva no Estabelecimento Prisional de Évora, da qual recorreu para o Tribunal da Relação de Lisboa.

As Respostas de Sócrates

Consulte abaixo a transcrição das perguntas da SIC ao ex-primeiro-ministro e as respectivas respostas:

ZAP / Lusa

3 Comments

  1. O cão ladra e a caravana passa….
    O filho de mãe rica é um rico filho da mãe
    Já agora viver de heranças e de emprestimos dos amigos não é muito recomendável para quem tem ambições políticas…
    LARGA A GOLA ZÉ, VAI TRABALHAR, APRENDE UM OFICIO NA CHOLDRA QUE TE PODE DAR JEITO, E JÁ AGORA ESTUDA UM BOCADINHO DE INGLES

  2. acredito plenamente na sua inocência,isto é claramente uma cavala politica,outros piores do que ele andam a solta como por exemplo,o sr. Cavaco Silva,Passos Coelho,e sem esquecer o famoso homem dos submarinos Paulo Portas acredito que quando saírem do governo também bom fazer companhia ao sr.José Sócrates

  3. muito bem José Socrates! espero que a verdade venha ao de cima nesta tramóia toda que foi montada para o afastar – o maior sonho desta nossa direita empedernida! fazem falta homens sem medo para contestar estes que nos mentem sem pudor e sem remorso, convencidos que estão da sua superioridade moral! um asco !!

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