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Príncipe saudita garante que vai levar crime “hediondo” contra Khashoggi à Justiça

secdef / Flickr

O príncipe saudita Mohammed bin Salman

O príncipe herdeiro saudita, Mohammad bin Salman, assegurou nesta quarta-feira que a Arábia e Turquia estão a tomar todas as medidas para levar à Justiça os responsáveis pelo “crime hediondo” contra o jornalista saudita Jamal Khashoggi.

Em declarações num fórum internacional económico em Riade, conhecido por “Davos do deserto”, e falando pela primeira vez sobre a morte do opositor saudita, o príncipe herdeiro disse ainda que não haverá nenhuma rutura com a Turquia.

“Este crime foi realmente doloroso para todos os sauditas. E é doloroso para cada ser humano no mundo, é um crime hediondo que não pode ser justificado”, afirmou.

Bin Salman acrescentou que está a trabalhar em cooperação com o governo turco de forma a concluir a investigação e levar os autores do assassinato aos tribunais. “Sem dúvida, a cooperação atual com o governo turco é única e há muita gente a tentar usar este assunto doloso para criar uma rutura”, ressaltou o herdeiro saudita.

“[A rutura] nunca ocorrerá enquanto houver um rei que se chama Salman bin Abdulaziz, um príncipe herdeiro que se chama Mohammad bin Salman e um presidente turco chamado Erdogan”, acrescentou ainda, provocando aplausos entre os presentes.

Bin Salman subiu esta quarta-feira ao palco do fórum acompanhado pelo primeiro-ministro libanês, Saad Hariri, e pelo príncipe herdeiro do Bahrein, Salman bin Hamad Al Khalifa.

Durante o seu discurso, o homem forte do reino insistiu que a rutura das relações com a Turquia “não vai acontecer”, frisando ainda que ambos os países “vão provar ao mundo que os dois governos estão a cooperar para encontrar os responsáveis e, no fim, irá fazer-se Justiça. É o que eu posso dizer”, garantiu .

Esta é a primeira vez em que o herdeiro fala em público depois de Riade ter admitido, no fim de semana, que o jornalista morreu no consulado da Arábia Saudita em Istambul.

ZAP // EFE

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