Um escocês admirador de Portugal considera a exclusão da lista de países isentos de quarentena nas chegadas ao Reino Unido “injusta” e “pouco transparente” e por isso promoveu uma petição popular a pedir o levantamento da medida.
“Comecei a petição uma semana antes de o anúncio ser feito, quando comecei a ouvir rumores de que Portugal poderia não estar na lista, porque achei que era muito injusto usar um pequeno surto em Lisboa como razão para castigar, fechar um país inteiro”, disse Charles Barrett à agência Lusa.
A petição “Dêem a Portugal uma Ponte Aérea” já recolheu mais de 16 mil assinaturas, “metade de britânicos, metade de portugueses”, adiantou.
Diretor numa empresa de serviços para a construção civil, Barrett é um admirador do país, onde passa férias entre duas a três vezes por ano no Algarve e para onde tem viagem marcada de Manchester na próxima semana, depois de o voo inicial a partir de Glasgow ter sido cancelado.
A obrigação de cumprir duas semanas de isolamento no regresso não o demoveu, nem o facto de o ministério dos Negócios Estrangeiros britânico continuar a desaconselhar as viagens não essenciais a Portugal continental, embora tenha levantado para os Açores e Madeira.
“O conselho do Ministério invalida o seguro de viagem, mas eu tenho sorte porque estou disposto a arriscar em termos de seguro. E a maioria das pessoas também não pode ficar de quarentena duas semanas depois das férias”, reconhece.
A confiança na forma como Portugal está a lidar com a pandemia da covid-19, que tem acompanhado através dos indicadores internacionais, fez o escocês marcar já mais férias, para outubro e abril de 2021.
“Para mim, o que está em causa é o impacto que [a quarentena] vai ter na indústria turística que depende do período do verão. Não vi dados que suportem a decisão. Muitas das decisões e informações têm sido pouco transparentes e mais politicas”, lamentou.
O Governo britânico publicou na sexta-feira passada uma lista de 59 países e territórios, incluindo Alemanha, Austrália, Espanha, França, Grécia ou Macau, cujos viajantes deixam de ter de ficar em isolamento durante 14 dias à chegada ao Reino Unido a partir de 10 de julho.
A reavaliação da lista de países isentos de quarentena nas chegadas ao Reino Unido, da qual Portugal foi excluído devido aos surtos de covid-19, vai ser feita a 27 de julho.
ZAP // Lusa
Coronavírus / Covid-19
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que a decisão britânica é injusta (e política) já se sabia. Mas Portugal – i.e., o governo, as instituições do Estado ligadas ao turismo e os operadores (agências, hotéis) – já deveria ter começado a investir em outros mercados (com menos casos de Covid do que o Reino Unido), pois a dependência de uma só fonte não é boa. Além de que, claro, os britânicos não têm culpa do que se passa na AMLisboa.
Agradeço a sua intenção, mas representando muitas opiniões de portugueses, estou feliz com a decisão do seu governo. Não se incomode mais nós NÃO queremos nenhum inglês no nosso territorio nem agora nem durante muitos anos. Estou me a borrifar para os comerciantes que só pensam em vender. Herois do mar…nobre povo nação valente e imortal…..