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Portugal entre os países que menos gasta no combate à crise

José Sena Goulão / Lusa

Mário Centeno, António Costa

Portugal é um dos seis países do euro que menos impulso orçamental vai dar à economia. Apesar de haver um estímulo, este é inferior à maior parte dos países do euro.

Segundo a edição deste sábado do semanário Expresso, Portugal é uma das economias do euro que menos vão gastar contra a crise. Segundo as previsões da Comissão Europeia, o défice orçamental vai subir para mais de 6% do PIB, mas este número não conta a história toda.

O semanário explica que se o défice estrutural aumenta, significa que a política do ministro das Finanças, Mário Centeno, está a ser expansionista. Por outro lado, se recuar, é restritiva. As previsão publicadas esta semana em Bruxelas preveem que, apesar de haver um estímulo, este é inferior à maior parte dos países do euro.

Todos os Governos europeus estão a levar a cabo um impulso orçamental em 2020, ainda que uns mais do que outros. Se o Chipre e a Itália, por exemplo, surgem no topo da tabela, Portugal não corre atrás de um lugar cimeiro.

Em pontos percentuais do PIB do saldo estrutural, o Chipre tem um impulso em 2020 correspondente a 5,3 p.p. e uma consolidação em 2021 de 3,1 p.p.. Por comparação, segundo as previsões de primavera da Comissão Europeia, Portugal tem um impulso em 2020 de 2,7 p.p. e uma consolidação no ano seguinte de 2 p.p..

As contas públicas vão passar de uma situação de quase equilíbrio para um défice de 3,2% do PIB potencial em 2020, de acordo com as previsões de Bruxelas. Este défice é menor do que a média da zona euro (4,4%) e fica atrás de economias, como a Eslovénia e a Eslováquia, que vão enfrentar, este ano, contrações do PIB similares à portuguesa.

Além disso, em relação ao ano anterior, o aumento do défice estrutural cifrou-se em 2,7 pontos percentuais, também abaixo da média dos 19, que se situa em 3,3 pontos percentuais.

ZAP //

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