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Populares saem às ruas e tomam praça controlada por militares na Venezuela

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andresAzp / Flickr

Manifestações na Venezuela

Manifestações na Venezuela

Centenas de estudantes e residentes em Chacao (leste de Caracas) ocuparam, na última noite, a Praça de Altamira, epicentro de manifestações contra o Governo da Venezuela, que estava guardada por militares da Guarda Nacional.

“Saímos em protesto pacífico, em apoio aos manifestantes que estão contra a repressão, abusos do Governo, insegurança, liberdade de expressão e a escassez (de produtos). Somos centenas de pessoas, pacificamente e a Guarda Nacional acaba de retirar-se”, explicou um luso-descendente à agência Lusa num contacto telefónico.

A mesma fonte precisou que a população começou o protesto ao final da tarde saindo à rua contra a ‘militarização’ do município e empunhando cartazes com frases como: “Somos Chacao, não temos medo” e “Povo une-te à luta“.

Vestidas de branco e com mensagem de protesto nas costas das t-shirts, várias mulheres das “Damas de Branco” e “Mães de Altamira” conversaram com os militares oferecendo flores brancas.

Vários políticos da oposição estão também concentrados na praça em apoio aos manifestantes e está prevista nas próximas horas uma vigília pelos mortos dos protestos na Venezuela.

Em declarações aos jornalistas o comandante-geral da Guarda Nacional Bolivariana, Justo Noguera Pietri, explicou que as pessoas estão num protesto pacífico e que os militares permitiram a “aproximação com o objetivo de conseguir condições de paz e tranquilidade” na zona.

Mais de mil agentes da Guarda Nacional foram segunda-feira enviados pelo Governo para as ruas do município de Chacao e para a Praça de Altamira, dois dias depois de o Presidente Nicolás Maduro ter feito um ultimato aos manifestantes para abandonarem o local, caso contrário iria ordenar a “libertação” da praça.

Há 35 dias que a Venezuela é palco de protestos diários em várias cidades do país, durante os quais, pelo menos, 29 pessoas morreram e várias centenas ficaram feridas.

/Lusa

1 Comment

  1. Só espero que os meus colegas expatriados que estão lá a trabalhar regressem sãos e salvos, tentei falar com eles a saber o que se passa mas nem podem falar pois está tudo sob escuta e repressão do governo. Quanto ao país, era uma questão de tempo até isto acontecer, eu cheguei á Venezuela em fevereiro de 2012 e desde essa altura que vi o país a desmoronar mês após mês, as pessoas viviam como quem se prepara para uma guerra, levavam tudo das prateleiras dos supermercados e o clima era sempre tenso com uma aparente acalmia mas no coração e na mente da população crescia o sentimento de revolta. Felizmente já lá não estou mas temo pelos meus colegas que ainda lá se encontram.

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