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Polícia já identificou bombista que matou 22 pessoas em Manchester

Nigel Roddis / EPA

Uma das jovens espectadoras do concerto de Ariana Grande em Manchester

A polícia atualizou para 22 o número de mortos provocados pela explosão na Arena de Manchester, depois de um concerto de Ariana Grande na noite de segunda-feira. A primeira-ministra britânica afirma que as autoridades já conhecem a identidade do bombista suicida.

O comandante da polícia de Manchester, no Reino Unido, acrescentou que, além de 22 mortos, há ainda 59 feridos que estão a ser tratados em oito hospitais diferentes.

Num balanço sobre a investigação feito esta manhã, Ian Hopkins adiantou que a polícia acredita que o responsável pela explosão foi um homem apenas, que “transportava um engenho explosivo improvisado, que detonou causando esta atrocidade”.

A polícia acredita que o autor do ataque terá morrido na explosão, tratando-se possivelmente de um ataque suicida, mas a polícia local deteve um homem de 23 anos que poderá estar relacionado com o ataque.

Aos jornalistas, a primeira-ministra britânica, Theresa May, adiantou entretanto que a polícia já conhece a identidade do terrorista mas que, para já, esta informação não será divulgada.

O ataque ocorreu esta segunda-feira à noite, na Arena de Manchester, uma sala com capacidade para cerca de 21 mil espetadores, onde decorria um concerto de Ariana Grande. A explosão terá ocorrido no exterior da Arena, alegadamente junto às bilheteiras, depois do fim do concerto, onde muitos pais aguardavam pela saída dos filhos do auditório.

Não é claro neste momento quantas pessoas terão morrido em consequência directa da explosão da bomba, sendo provável que a maior parte das vítimas tenha morrido esmagada em consequência do pânico que se seguiu ao rebentamento.

A polícia efetuou entretanto, por precaução, uma explosão controlada sobre um volume suspeito encontrado perto de Manchester Arena, mas descobriu que eram apenas roupas, abandonadas.

A polícia da Grande Manchester já adiantou que o acontecimento está a ser tratado como um “incidente terrorista” e que está a trabalhar com outras agências nacionais especializadas no combate ao terrorismo.

A primeira-ministra britânica, Theresa May, manifestou solidariedade com as vítimas e famílias afetadas. “Estamos a trabalhar para estabelecer todos os detalhes do que está a ser tratado pela polícia como um terrível atentado terrorista”.

May presidiu esta manhã a uma reunião da Comissão Cobra, que é acionada em situações de crise e inclui representantes de forças da polícia e de outras autoridades.

As ações de campanha eleitoral para as legislativas, que acontecem este mês de junho, foram entretanto suspensas.

Mast Irham / EPA

O atentado em Manchester ocorreu já no fim do concerto de Ariana Grande

O atentado em Manchester ocorreu já no fim do concerto de Ariana Grande

Ariana Grande está “destroçada”

A cantora norte-americana já lamentou o atentado no Twitter. “Destroçada. Do fundo do meu coração, lamento imenso. Não tenho palavras”, escreveu Ariana Grande, que cancelou os próximos concertos da sua tour e que tem uma atuação agendada, em Lisboa, no dia 11 de junho.

Scooter Braun, representante da artista, também manifestou pesar pelas vítimas. “Esta noite os nossos corações estão destroçados. As palavras não podem expressar a nossa dor pelas vítimas e famílias afetadas neste ataque sem sentido”, disse nas redes sociais.

“Choramos pelas vidas das crianças e dos entes queridos que foram levadas por este ato cobarde”, disse o representante da estrela pop, que agradeceu o trabalho aos serviços de emergência de Manchester que “correram para o perigo para ajudar a salvar vidas”.

Segundo uma fonte da Secretaria de Estado das Comunidades, o caso está a ser acompanhado desde segunda-feira à noite, quando ocorreu a explosão no pavilhão, e, para já, não há qualquer indicação de portugueses entre as vítimas.

O primeiro-ministro já manifestou a solidariedade portuguesa para com o povo britânico. “Deixo aqui um voto de pesar e a nossa solidariedade com o povo britânico, em particular com as vítimas e familiares do ataque em #Manchester”, escreveu António Costa na sua conta do Twitter, numa mensagem repetida em inglês minutos depois.

Numa mensagem enviada à rainha de Inglaterra, Marcelo Rebelo de Sousa manifestou a sua solidariedade “em nome do povo português, em particular para com as famílias das vítimas”.

O presidente português, que se encontra numa visita ao Luxemburgo, sublinhou a importância de uma “Europa unida no combate ao terrorismo e à defesa constante e permanente dos valores da democracia, da promoção da paz e do respeito pelos direitos humanos”.

Além dos representantes portugueses, muitos outros líderes mundiais já expressaram as suas condolências ao Reino Unido. Caso disso é Donald Trump que, a partir de Israel,  afirmou que os EUA estão “totalmente solidários com o povo do Reino Unido” e considerou que os responsáveis por este ataque são “perdedores” e “perversos”.

Por sua vez, o Presidente da Rússia, Vladirmir Putin, anunciou já ter apresentado as suas condolências à primeira-ministra britânica e a chanceler alemã, Angela Merkel, transmitiu que “este suposto ataque vai reforçar a nossa determinação no trabalho com os nossos amigos britânicos no combate contra aqueles que cometem atos desumanos”.

Atualização (13:02):
O Estado Islâmico reivindicou entretanto a autoria do ataque em Manchester. A informação foi avançada por Rita Katz, diretora do SITE, organismo que monitoriza a atividade do grupo jihadista. Durante a manhã, vários apoiantes do Daesh já tinham festejado o ataque nas redes sociais.

ZAP // Lusa

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