As autoridades policiais brasileiras suspeitam de pagamentos efectuados no âmbito do negócio entre a PT e a Oi, em 2010, e que teve a intervenção política directa de José Sócrates e de Lula da Silva.
Este processo comercial, em que a PT pagou quase 4 mil milhões de euros pela compra de 23% da Oi, só foi possível devido a uma acesa intervenção diplomática dos governos dos dois países, com destaque para as influências de Lula da Silva e de José Sócrates, nas qualidades de presidente do Brasil e de primeiro-ministro de Portugal que exerciam na altura.
As suspeitas dos investigadores é que “os movimentos financeiros” que viabilizaram esses acordos políticos partiram das construtoras accionistas da Oi, após terem recebido parte dos quatro mil milhões de euros devidos pela PT.
Este cenário é avançado pelo Público, que destaca que este processo – saído da mega-investigação denominada Operação Lava Jato – coloca no topo destas suspeitas a construtora Andrade Gutierrez, accionista da Oi, que é vista como parte central para a viabilização do acordo entre a PT e a operadora brasileira.
Estes pagamentos suspeitos terão sido feitos através de territórios como Angola e Venezuela, de acordo com o mesmo diário.
No meio deste escândalo de corrupção na Petrobras surgem suspeitas de eventuais pagamentos de milhões de euros a Lula da Silva, ex-presidente do Brasil, e ao seu universo de relacionamentos políticos, bem como a ex-governantes e gestores de Portugal e do Brasil.
ZAP