Os dois arguidos do inquérito sobre os incêndios de 17 de junho em Pedrógão Grande estão indiciados por homicídio por negligência e ofensas corporais por negligência, disse à Lusa fonte da Procuradoria-Geral da República.
O Departamento de Investigação e Ação Penal constituiu como arguidos o comandante dos bombeiros de Pedrógão Grande, Augusto Arnaut, e o segundo comandante distrital de Leiria Mário Cerol.
“Em causa estão factos suscetíveis de integrarem os crimes de homicídio por negligência e ofensas corporais por negligência”, respondeu o gabinete de imprensa da PGR à Lusa.
Hoje de manhã, o segundo comandante distrital de Leiria confirmou ser arguido no processo, acrescentou que não está a ter apoio jurídico por parte da Autoridade Nacional de Proteção Civil (ANPC).
O Expresso também já tinha noticiado que o comandante dos bombeiros de Pedrógão iria ser constituído arguido ainda durante a tarde de hoje, algo que se veio agora confirmar.
Os incêndios de Pedrógão Grande deflagraram em 17 de junho e provocaram a morte a 64 pessoas e mais de 200 feridos. Uma outra pessoa morreu atropelada quando fugia do fogo e, recentemente, uma mulher morreu no hospital, cinco meses depois de ter sido internada na sequência dos incêndios.
A investigação a cargo da Polícia judiciária de Coimbra encontra-se na reta final e deverá estar encerrada até ao fim deste ano. Segundo o semanário, mais de meia dúzia de pessoas deverão ser notificadas nos próximos dias, todas por suspeitas de homicídio por negligência.
ZAP // Lusa
Incêndio em Pedrógão Grande
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