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Pedrógão Grande: Segundo comandante de Operações de Socorro constituído arguido

Paulo Nobre / Lusa

O segundo comandante distrital de Operações de Socorro de Leiria, Mário Cerol, foi constituído arguido na sequência de um inquérito ao incêndio de Pedrógão Grande, que deflagrou no dia 17 de junho, confirmou o próprio à agência Lusa.

Mário Cerol, que será o primeiro arguido deste inquérito, disse que foi ouvido na semana passada pelo Ministério Público. “Não posso falar mais nada”, acrescentou.

A notícia da constituição deste arguido foi hoje avançada pelo Diário de Leiria.

O incêndio que deflagrou em 17 de junho em Pedrógão Grande (distrito de Leiria), atingindo vários concelhos vizinhos, esteve ativo uma semana e causou, segundo o balanço oficial feito no verão, 64 mortos e mais de 200 feridos.

Registou-se ainda o atropelamento de uma mulher que fugia das chamas e, já em novembro, morreu uma mulher que estava internada com ferimentos graves, totalizando em 66 o número de mortos.

O segundo comandante acrescentou que não está a ter apoio jurídico por parte da Autoridade Nacional de Proteção Civil.

De acordo com o Público, Mário Cerol era o terceiro no comando das operações, sendo na prática o terceiro a liderar a operação de socorro, nomeadamente, no final da tarde do trágico 17 de junho de 2017. No entanto, terá sido Cerol a comandar o fogo nas horas críticas logo a seguir ao comandante de bombeiros de Pedrógão, e até ser substituído pelo segundo comandante nacional, Albino Tavares, pelas 22h.

Outros intervenientes estão a ser ouvidos, como o o comandante dos bombeiros de Pedrógão Grande, Augusto Arnaut, ou o segundo comandante nacional, Albino Tavares, pelo que Cerol poderá não ser o único arguido deste caso.

Comandante de bombeiros de Pedrógão constituído arguido

Segundo o Expresso, Augusto Arnaut, comandante de bombeiros de Pedrógão Grande, também será constituído arguido ainda durante a tarde de hoje.

Arnaut será indiciado pelo crime de homicídio por negligência, no âmbito da investigação movida pelo Ministério Público ao incêndio deflagrado a 17 de junho e que matou 66 pessoas.

O comandante de bombeiros de Pedrógão Grande será inquirido esta tarde no DCIAP de Leiria e, em sequência, constituído arguido.

A investigação a cargo da Polícia judiciária de Coimbra encontra-se na reta final e deverá estar encerrada até ao fim deste ano. Segundo aquele jornal, mais de meia dúzia de pessoas deverão ser notificadas nos próximos dias, todas por suspeitas de homicídio por negligência.

ZAP // Lusa

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