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PCP rejeita fecho de escolas e pede medidas excecionais para lares

Tiago Petinga / Lusa

O secretário-geral do Partido Comunista Português (PCP) Jerónimo de Sousa

O secretário-geral do Partido Comunista Português (PCP), Jerónimo de Sousa, rejeitou o fecho das escolas equacionado por Rui Rio e pediu medidas excecionais para os lares.

António Costa está a receber na tarde desta sexta-feira o PSD, PCP, PS e CDS, em São Bento. O primeiro-ministro vai ouvir os partidos sobre as possíveis medidas mais restritivas a adotar para travar o aumento de contágios de covid-19 no país.

À saída da reunião com o primeiro-ministro, Jerónimo de Sousa pede medidas “de exceção para os lares”, onde diz haver situações muito graves. O secretário-geral do PCP diz que as brigadas rápidas não estão a dar uma resposta eficaz.

Assim, Jerónimo de Sousa pede um aumento das “medidas de proteção social”, uma vez que um confinamento geral pode agravar alguns problemas já existentes. Como tal, informou António Costa que o seu partido pretende um reforço do Serviço Nacional de Saúde.

Enquanto Rui Rio colocou a hipótese de adiar as eleições presidenciais, o líder do PCP mostrou-se contra e disse que Rio deveria “repensar o que disse”. Isto porque um eventual adiamento das presidenciais “colide com um princípio do estado de emergência, que diz que não pode haver alterações à Constituição da República” durante o estado de emergência.

Jerónimo de Sousa também discorda de Rui Rio face ao fecho das escolas. Se o social-democrata admitiu o possível encerramento das escolas, o comunista sublinhou a sua discordância.

“É importante que as crianças e jovens tenham as escolas a funcionar. Também sentem a sua saúde os dramas das medidas restritivas. Devemos fazer todos os esforços para que as aulas sejam um ato natural, evitando a proibição pela proibição”, explicou.

Daniel Costa, ZAP //

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