Os patrões do comércio e dos serviços dizem ser “inaceitável” o “profundo desprezo” do Governo pelo setor quando anunciou as medidas de apoio à economia por causa do novo coronavírus.
Em comunicado, citado pelo Observador, a Confederação do Comércio e Serviços de Portugal (CCP) incentiva, por isso, os empresários “a não adiarem decisões (como aconteceu, por exemplo, no período de ajustamento) e a adotarem uma política de redução rápida de custos, nomeadamente laborais, de forma a minimizar as dificuldades com que estão confrontados”.
Em declarações ao semanário Expresso, João Vieira Lopes, presidente da CCP, reconhece mesmo a necessidade de haver despedimentos.
A CCP não se conforma com a exclusão do comércio e dos serviços da linha de crédito concedida pelo Governo, recordando que estes setores abrangem 200 mil empresas e 1,7 milhões de empregos.
Apesar de criticar a exclusão de “um grande número de setores severamente afetados pelos efeitos da pandemia”, a CIP (Confederação Empresarial de Portugal) prefere esperar, estando convencida de que “virão a ser considerados em função das necessidades identificadas nos próximos dias”.
Por outro lado, a CIP está satisfeita com as medidas de apoio fiscal e de redução das contribuições para a segurança social.
A AEP (Associação Empresarial de Portugal) pede ao Governo que seja feito “mais, muito mais, e com efeito imediato” no estímulo à economia, lamentando que o Governo não tenha ido mais longe nas medidas de apoio à economia e ao emprego.
A AEP considera que, “face ao já avançado, a magnitude do conjunto destas medidas está ainda muito longe de alcançar as reais necessidades” das empresas, notando que os 9,2 mil milhões de euros prometidos equivalem a “menos de 5% do PIB anual português”, longe do pacote de estímulos económicos de Espanha, “que ultrapassa os 16% do PIB anual espanhol”.
Já a AHRESP (Associação da hotelaria, restauração e similares de Portugal) entende as novas medidas “como um esforço e preocupação de resposta” às propostas que a associação fez ao Governo, mas considera que “é necessário mais, nomeadamente no apoio direto à tesouraria das empresas”.
Olha o parasita que está sempre a criticar o Estado, agora diz que quer mais do Estado!!
Que personagem!…
Acho que estás enganado. O “parasita” quer o que sempre quis: poder contratar quando precisa de produzir, poder despedir quando não vende para pagar salários. Simples, não era?