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Parlamento russo pede a Putin que proteja a Crimeia “por todos os meios”

Thomas Hawk / Flickr

O Presidente da Rússia, Vladimir Putin

O Presidente da Rússia, Vladimir Putin

A câmara baixa do parlamento russo (Duma) pediu hoje ao chefe de Estado, Vladimir Putin, para “proteger por todos os meios” a população da Crimeia na península ucraniana pró-russa, anunciou o presidente, Serguei Narichkine.

“Os deputados apelam ao Presidente que tome medidas para estabilizar a situação e proteger, por todos os meios, a população contra a arbitrariedade e a violência na Crimeia”, declarou o presidente da Duma, a propósito do território do Sul da Ucrânia, onde a maioria que fala russo se opõe à nova autoridade de Kiev.

“Soubemos hoje, com preocupação, que houve tentativas de grupos armados de entrar em diferentes lugares, em particular de invadir o ministério do Interior regional da Crimeia”, acrescentou.

Também hoje, o novo primeiro-ministro da Crimeia, Sergiy Aksionov, pediu ao Presidente russo, Vladimir Putin, para ajudar a restaurar “a paz e a calma” naquela república autónoma pró-Moscovo.

A Ucrânia denunciou na sexta-feira uma “invasão armada” russa, com mais de dois mil soldados, na Crimeia, península do sul do país onde se fala russo, região que tem sido afetada por tensões separatistas e que abriga a frota da Rússia do Mar Negro.

Entretanto, hoje, o chefe da Defesa da Ucrânia acusou a Rússia de ter enviado 6.000 soldados e 30 veículos blindados para a Crimeia

O Presidente ucraniano interino, Oleksandr Turchinov, já pediu ao líder russo, Vladimir Putin, para “terminar imediatamente a sua agressão ostensiva e retirar os seus militares da Crimeia”.

O Governo de Kiev pediu também o apoio do Conselho de Segurança da ONU para travar a crise na península da Crimeia e defender a sua integridade territorial, mas avisou que tem capacidade para se defender de agressões.

A AFP noticiou hoje de manhã a presença de dezenas de homens mascarados e com uniforme, mas sem qualquer insígnia, que tomaram posições junto ao edifício do parlamento regional da Crimeia.

/Lusa

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