/

Oi diz que condições estipuladas por Isabel dos Santos são inaceitáveis

CTZ

A brasileira Oi considerou esta terça-feira “inaceitáveis” as condições estipuladas na Oferta Pública de Aquisição (OPA) de Isabel dos Santos, referindo que não fará qualquer modificação “nos actos societários, contratos definitivos e demais instrumentos firmados”.

Em comunicado, a Oi diz que “decidiu, por unanimidade, rechaçar quaisquer propostas para alteração dos termos da Operação, ratificando, por consequência, a manifestação feita pela Directoria da Oi através de Facto Relevante divulgado nesta data no sentido de considerar descabida qualquer alteração dos termos previamente acordados nos Contratos Definitivos celebrados com a PT SGPS em 8 de Setembro de 2014”.

A Oi reafirma ainda o seu compromisso com os investidores e com o mercado “de promover a migração da sua base accionária para o Novo Mercado da BM&FBovespa, através da incorporação das suas acções pela Telemar Participações SA (CorpCo)”.

A Terra Peregrin — Participações SGPS, da empresária angolana Isabel dos Santos, anunciou no domingo à noite o lançamento de uma Oferta Pública de Aquisição (OPA) sobre a PT SGPS, oferecendo mais de 1,21 mil milhões de euros pela totalidade das acções da empresa portuguesa, ao preço de 1,35 euros por acção.

Isabel dos Santos lamenta posição da Oi

A empresária angolana Isabel dos Santos lamenta a indisponibilidade da Oi “para atender qualquer das condições estipuladas” na oferta para a compra da PT SGPS “sem sequer ouvir os stakeholders [partes interessadas]”, disse hoje o seu porta-voz.

“Tomámos conhecimento do comunicado da Oi de hoje em que declara a sua indisponibilidade para atender qualquer das condições estipuladas na OPA”, disse o porta-voz da empresária angolana.

“Lamentamos muito que a Oi tome essa posição sem ponderar devidamente a proposta de criação de valor apresentada e sem sequer ouvir os ‘stakeholders’ que, para além de si, estão envolvidos”, acrescentou.

“Estamos neste momento a ponderar prescindir das condições elencadas nas alíneas vi, vii, viii e ix do item 14 do anúncio preliminar”, disse o porta-voz, que reafirmou que a proposta de Isabel dos Santos é “de criação de valor que envolve a Oi e os seus acionistas e que permitirá a manutenção da unidade da Portugal Telecom, evitando o desmantelamento da empresa portuguesa, uma das mais relevantes da economia nacional, e preservando os seus postos de trabalho, além de reconhecer e potenciar a capacidade tecnológica do grupo”.

A PT SGPS detém 25% da Oi e a dívida de quase 900 milhões de euros da Rioforte, empresa do Grupo Espírito Santo (GES), entretanto falida, enquanto a PT Portugal, que detém o MEO e Sapo, entre outros serviços, é detida pela empresa brasileira Oi, no âmbito do processo de combinação de negócios entre as duas empresas.

“Acreditamos muito neste projeto e, desde que consigamos reunir vontades que o viabilizem, faremos tudo o que estiver ao nosso alcance para o concretizar”, salientou o porta-voz.

/Lusa

Deixe o seu comentário

Your email address will not be published.