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Número de testes caiu 24% desde o início do desconfinamento

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Mahmoud Khaled / EPA

O número médio de testes de diagnóstico de covid-19 realizados diariamente caiu 24% desde o início da reabertura da economia, a 4 de maio.

O número de testes de diagnóstico realizados diariamente em Portugal caiu desde o fim do estado de emergência. Segundo avança o Jornal de Negócios, mesmo assim, o país aumentou a taxa de testes positivos desde o início do desconfinamento.

Dado que a evolução do número diário de testes sofre várias oscilações, o diário usou médias móveis de sete dias (para cada dia, calculou a média dos sete dias anteriores), e conclui que na semana anterior a 17 de junho foram feitos 24% menos testes do que ao fim da primeira semana de reabertura.

O matutino refere ainda que se a comparação for feita com 18 de maio, quando o desconfinamento foi alargado à restauração e às creches, por exemplo, a quebra é ainda mais notória: 38%.

Neste momento, Portugal está a fazer uma média de um teste por cada mil habitantes, enquanto que a 18 de maio estava a fazer 1,5 testes por cada mil habitantes. O jornal questionou a Direção-Geral da Saúde e o Ministério da Saúde, mas não responderam às perguntas sobre a tendência decrescente.

Citando o site gerido pela Universidade de Oxford, Our World In Data, o Negócios contraria o argumento usado pelo primeiro-ministro, António Costa, de que Portugal apresenta mais casos positivos porque realiza mais testes. Atualmente, por cada 100 testes, três são positivos, enquanto que a 4 de maio eram 1,9 e no final de maio 1,8.

Esta queda do número de testes contraria as recomendações da Organização Mundial da Saúde (OMS), que sugere a manutenção da capacidade de testagem durante o alívio das restrições impostas, de forma a monitorizar os focos de contágio.

ZAP //

1 Comment

  1. O Trump tem coisas a aprender com o Costa. Uma delas é manter a boca fechada. Em vez de anunciar que vai reduzir o número de testes atraindo as críticas de todo o mundo, redu-los pela calada e pronto, já está. O pior é que estas coisas acabam por vir a saber-se. Mas, como estamos no país dos bananas, não há problema, vamos lá a votar outra vez no cara podre que melhor mente.

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