Gavriil Grigorov / Sputnik / Kremlin / EPA

Donald Trump e Vladimir Putin
Cimeira no Alasca correu “muito bem” – mas ninguém anunciou conclusões positivas. Trump e Zelenskyy vão falar na segunda-feira.
Foi uma “mão cheia de nada”. Os presidentes dos Estados Unidos, Donald Trump, e da Rússia, Vladimir Putin, abandonaram o Alasca, após uma cimeira realizada na sexta-feira com foco na Ucrânia, em que ambos elogiaram progressos mas sem identificarem resultados concretos sobre a guerra na Ucrânia.
Na Base Aérea de Elmendorf-Richardson, após uma reunião de quase 3 horas, estiveram numa conferência de imprensa conjunta sem direito a perguntas – nem detalhes sobre o conteúdo das conversações.
No seguimento da reunião, ambos elogiaram os progressos alcançados e, segundo o Presidente norte-americano, ficaram “muito poucas questões” a resolver.
“Tivemos uma reunião extremamente produtiva e acordámos muitos pontos. Faltam apenas alguns. Alguns não são muito importantes, mas um deles é provavelmente o mais importante“, disse o líder da Casa Branca, sem adiantar pormenores, apenas acrescentando: “Ainda não chegámos lá, mas temos boas hipóteses de lá chegar”.
Donald Trump indicou que entrará de imediato em contacto com líderes europeus e membros da NATO, bem como com o Presidente ucraniano, Volodymyr Zelenskyy, para os pôr a par do conteúdo das conversações.
Em entrevista à Fox News, ainda no Alasca, acrescentou que o acordo para acabar com a guerra na Ucrânia: “Agora, depende realmente do Presidente Zelenskyy para que isso seja feito. E também diria que os países europeus precisam de se envolver um pouco, mas isso depende do Presidente Zelenskyy”, declarou, sem concretizar, o líder da Casa Branca. Ainda não há “acordo fechado”, admitiu.
Já na manhã deste sábado, o presidente da Ucrânia anunciou que aceitou um convite de Donald Trump: os dois vão encontrar-se na próxima segunda-feira em Washington.
Vladimir Putin comentou, pelo seu lado, que “as conversações decorreram numa atmosfera construtiva de respeito mútuo”, incluindo a parte relativa ao conflito na Ucrânia, descrevendo também as discussões como “muito aprofundadas e úteis”.
Falando ao lado do homólogo norte-americano, Putin sublinhou que estão reunidas todas as condições para que os dois dirigentes ponham fim ao conflito na Ucrânia “o mais rapidamente possível” e apelou a Kiev e aos países europeus para que aceitem as conclusões da cimeira “com um espírito construtivo”.
Pediu também que se abstenham de “provocações ou intrigas de bastidores” que minem os progressos alcançados.
Como uma das raras novidades da reunião, o Presidente russo disse concordar com Trump em relação a garantias de segurança exigidas por Kiev como condição para a paz. “Estamos prontos para trabalhar nisso”, observou, mais uma vez sem pormenores.
O líder do Kremlin disse que a Rússia está “sinceramente interessada em terminar” a guerra, mas esclareceu, como já fez em numerosas ocasiões, que a solução do conflito deve ser “sólida e duradoura”, eliminando o que Moscovo designa como causas profundas, em alusão à neutralidade de Kiev, à sua desmilitarização e rejeição do processo de adesão à NATO.
Putin também comentou que, se Donald Trump fosse o presidente dos EUA em 2022, não teria começado a guerra na Ucrânia: “Estou bastante seguro de que teria sido o caso. E posso confirmá-lo”.
Quando Trump sugeriu que esperava rever o Presidente russo “muito em breve”, Putin respondeu, em inglês, “da próxima vez em Moscovo”, num tom descontraído. “Imagino que isso possa acontecer”, retorquiu o líder norte-americano.
Ao contrário do programado, a reunião a sós dos líderes da Rússia e Estados Unidos foi entretanto alargada aos chefes das diplomacias de Washington e Moscovo, Marco Rubio e Sergei Lavrov respetivamente, bem como ao enviado especial da Casa Branca Steve Witcoff e ao conselheiro do Kremlin Yuri Ushakov.
No Alasca, não saiu qualquer indicação sobre a participação do líder ucraniano numa próxima reunião, anteriormente defendida pelo Presidente norte-americano e admitida pelo Kremlin, caso houvesse progressos neste encontro.
ZAP // Lusa
Guerra na Ucrânia
-
Trump-Putin: 3 horas depois, o acordo depende de Zelenskyy
-
11 Agosto, 2025 Encontro Trump-Putin traz três riscos
Mas alguém com un mínimo de bon senso , acreditava nestes duas asquerosas Personagens ? . O fogo de artificio letal é para continuar , é o que desejam estes criminosos !