A ministra da Saúde antecipou, esta sexta-feira, que a mortalidade associada à covid-19 pode manter-se “elevada nos próximos dias” e admitiu que “nenhuma unidade do SNS está livre de sofrer pressão”.
Em declarações aos jornalistas na Administração Regional de Saúde do Norte (ARS-N), no Porto, depois de visitar o Hospital de Penafiel, a ministra da Saúde, Marta Temido, afirmou que o aumento da mortalidade associada à covid-19 é “preocupante” e admitiu que os níveis se mantenham elevados “nos próximos dias”.
Sobre o Hospital de Penafiel, que pertence ao Centro Hospitalar do Tâmega e Sousa (CHTS), o qual tem registado um aumento de internamentos nas últimas semanas, a governante disse que este já registou um alívio no número de internados, resultado da transferência de doentes para o Hospital da Universidade Fernando Pessoa, entre outros.
“O Hospital de Penafiel está numa área que, geograficamente, está no centro do furacão neste momento. É natural que tenha tido maior pressão. Nenhuma unidade hospitalar do SNS está livre de sofrer pressão”, cita o jornal online Observador.
A ministra reconhece que há vários hospitais na região Norte que “estão a sentir uma grande pressão de procura de doentes” e antecipa: “Não estamos livres de ter esta pressão e uma mortalidade elevada nos próximos dias”.
“Não podemos baixar a guarda. Os profissionais de saúde têm feito um esforço enorme, mas continuam com ânimo. Cá fora temos de aliviar a pressão a montante. Se tivermos dez milhões de infetados, não temos capacidade de resposta”, cita a rádio TSF.
Temido admitiu ainda que o Governo tem sentido dificuldades em contratar profissionais para aumentar a capacidade no combate à pandemia. “Desde o início da pandemia temos um regime excecional de contratação que permite que sejam contratados todos os profissionais que existem no mercado”, disse.
“Neste momento, a situação com que nos deparamos é que o mercado não tem a disponibilidade que teve em outros momentos e há muitos profissionais que ficaram doentes”, acrescenta.
A governante deu ainda o exemplo de França, onde o Presidente Emmanuel Macron afirmou que o país estava com dificuldade no recrutamento de profissionais de saúde.
“Ouvi há poucos dias o Presidente Macron a referir que não há profissionais de saúde livres no mercado para serem contratados. Estamos a falar de França. Neste momento a dificuldade de recrutamento de profissionais de saúde existe em toda a Europa. Portugal não é exceção”, referiu Marta Temido.
Hoje, a Ordem dos Enfermeiros (OE) manifestou-se preocupada com o recrutamento de enfermeiros portugueses na Europa, revelando que nas últimas duas semanas se têm intensificado ofertas de países como Espanha, Reino Unido, Alemanha e Holanda.
Sem comentar diretamente esta questão, Marta Temido referiu que a tutela tem trabalhado com a OE para identificar candidatos. “Temos trabalhado com a Ordem dos Enfermeiros no sentido de identificar potenciais candidatos e vamos continuar a fazer esse trabalho”.
Portugal registou, esta sexta-feira, mais 52 mortes e 5550 novos casos nas últimas 24 horas, o maior número de sempre de infeções diárias desde o início da pandemia de covid-19.
ZAP // Lusa
Coronavírus / Covid-19
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Esta Senhora é que devia sentir a pressão de um pé no rabo (ser despedida)
Para ministro da Saúde precisamos de alguém que perceba algo do assunto.
Hehehee… se a ministra, que só por acaso é especialista em administração hospitalar, não percebe do assunto; quem é que percebe?
Os ignorantes indignados de Facebook??
Ou será o Ventura?