O prazo para a limpeza de terrenos nos espaços rurais e florestais termina esta quinta-feira, 15 de Março, mas é “uma missão impossível”. Uma ideia que muitos partilham numa altura em que surgem vários alertas sobre o abate indiscriminado de árvores, incluindo de espécies protegidas, que pode acabar por fazer mais mal à floresta do que bem.
“Sobreiros mandados cortar pela GNR, carvalhos ceifados a eito, árvores de fruto abatidas, empresas que cobram o dobro para fazer a limpeza de terrenos.” Este é o cenário descrito pela revista Visão, numa altura em que estamos perto do fim do prazo para a limpeza de terrenos nos espaços rurais e florestais.
Nesta quinta-feira, 15 de Março, termina a data limite para cumprir a lei. E este ano as multas são a dobrar para quem não a cumprir: 10 mil euros para pessoas singulares e até 120 mil euros para pessoas colectivas.
Todavia, cumprir a lei é “uma missão impossível”, conforme refere o presidente da Câmara Municipal de Viseu, Almeida Henriques, na SIC Notícias. O autarca nota que o Governo “não pode ter a pretensão de fazer em dois meses aquilo que não se fez nos últimos 40 anos”.
“Tem de haver sensatez, se não vamos multar o país todo“, alerta também Paulo Lucas, da associação ambientalista Zero, em declarações à Visão.
Nesse mesmo sentido fala o presidente da Associação Florestal do Vale do Sousa, Américo Mendes, constatando no Público que “não é mandando a GNR atrás dos proprietários florestais que o problema se resolve”.
“O Estado voltou a cair no velho erro de achar que pode gerir a floresta como se fosse dele”, avisa Américo Mendes, sublinhando que o Governo devia “colocar-se ao lado dos proprietários, dando-lhes incentivos em vez de mandar a polícia atrás deles“.
Nesta altura, Associações e proprietários contam que o Governo estenda o prazo para concretizar a limpeza. Até porque há casos complicados, com terrenos a pertencerem a várias pessoas e alguns que não estão registados.
O presidente da Câmara Municipal de Viseu também lembra que há muitas “pessoas idosas que já não têm possibilidade” de limpar os seus terrenos e são “carenciadas”, não tendo dinheiro para pagar a quem o faça. Até porque, nesta altura, aqueles que se dedicam à limpeza dos terrenos estão a aproveitar o aproximar do fim do prazo e as ameaças de multa para inflacionar os preços.
A Visão refere, nomeadamente, o caso de um proprietário em Leiria, que pagou 750 euros pela limpeza de um terreno que outrora lhe custaria “entre 400 a 450 euros“.
Abate indiscriminado de árvores
A pressa em cumprir a lei está também a levar à ocorrência de muitas “atrocidades”, com o corte de “árvores de jardim, de fruto e espécies protegidas que não precisavam de ter sido abatidas”, como explica o presidente da Associação Nacional de Empresas Florestais, Agrícolas e do Ambiente, Pedro Serra Ramos.
O ambientalista da Quercus Domingos Patacho fala no corte de sobreiros, uma “espécie protegida que só pode ser abatida com autorização do Instituto de Conservação da Natureza e das Florestas”, como explica a revista, e de “uma plantação de carvalhos que foi cortada a eito”.
Estes casos reflectem como a “cura” programada pelo Governo para a floresta pode acabar, afinal, por se revelar mais prejudicial do que benéfica. Isto porque o abate indiscriminado de árvores poderá acabar por contribuir para “o processo erosivo dos solos que poderá aparecer se entretanto começar a chover”, como explica no Público o presidente da Anefa.
E “quem cortou a erva agora vai ter erva novamente quando começar a época de fogos”, constata ainda Pedro Serra Ramos.
Ministro assegura que não vai haver caça à multa
O ministro da Agricultura, Capoulas Santos, garantiu, em declarações à Antena 1, que não vai haver uma “caça à multa” e assumiu que será imposto um prazo de tolerância de dois meses e meio, ou seja, até 31 de Maio, àqueles que manifestem intenção de limpar as suas propriedades.
Capoulas Santos também admitiu efectuar alterações ao decreto-lei de acesso ao financiamento, para permitir às autarquias suportarem a limpeza dos terrenos florestais, constata a RTP.
Os municípios contestam o facto de o decreto prever apenas o financiamento a 100% para as áreas consideradas prioritárias. O ministro diz que é preciso encontrar “um ponto de equilíbrio” entre as partes.
Esta lei viola os aspectos fundamentais da nossa constituição. É déspota e autoritária.
Lá porque existe a possibilidade de alguém espoletar um fogo, o estado não tem o direito de condicionar a liberdade dos restantes cidadãos (lembre-se, 99% dos fogos são causados por mão humana. No nosso clima e se a vegetação fosse endémica, estima-se que um grande fogo provocado por causas naturais ocorreria aproximadamente a cada 500 anos). É o mesmo que, lá porque existem indivíduos assassinos, ladrões, violadores, etc., viessem agora proibir os cidadãos de sair de casa, para prevenir que o crime acontecesse (claramente também deveriam limitar filmes violentos na televisão, livros promíscuos, etc. – amplie.se este exemplo e estão o que se cria? Uma ditadura. Outro exemplo: seria o mesmo que, porque existem homens que se fazem explodir com bombas à cintura, viesse agora o estado obrigar-nos a andar de colete anti-bala e capacete protector. Ou, se preferirem, que o estado viesse agora dizer como devem arrumar a vossa casa e como se devem comportar dentro dela, proibindo, quem sabe, as existência de janelas de vidro, para que, no caso de um fogo, de um sismo, ou de qualquer outro acontecimento, se pudessem proteger os seus ocupantes e proteger o vizinho, como se fosse o estado a decidir o melhor para todos no seu espaço privado (deve fazê-lo no espaço público, ou nas fronteiras entre os espaços privados, arbitrando conflitos)
É urgente que haja uma reacção veemente contra esta lei, assinando a petição em marcha e recusando pôr em prática uma obrigação que interfere com a liberdade de todos.
Lembrem-se: todos temos o direito de, naquilo que é propriedade privada, e desde que não interfira DIRECTAMENTE, por causa imputável à pessoa, com o outro, viver/expressar-nos da forma que entendermos.
Lembre-se ainda: que as silvas, os arbustos, as árvores de fruto e a biodiversidade, a protecção dos recursos hídricos e do solo, a protecção da vida animal, etc, que um “mato” proporciona são fundamentais à vida. E caso sejam multados, não tenham medo. Reclamem no prazo concedido, invoquem que os vossos arbustos, árvores e restante arborização do espaço ao redor das vossas casas é-vos essencial para proporcionarem alimento e recursos para a vossa família, a curto e a longo prazo. Nenhum juiz vos obrigará a pagar uma multa por não cortarem umas silvas se evocarem que as amoras são sustento alimentar para a família.
E os incêndios, meus amigos, resolvem-se na educação. Investir toda esta energia e dinheiro na educação para o respeito pela floresta e pela biodiversidade, e em acções contra a especulação do preço da madeira, etc. Isto sim, é ir à raiz do problema. Para atenuar no entretanto o aspecto imediato do problema, que se substituíssem as monoculturas de eucaliptos, pinheiros, sobreiros, etc. (qualquer monocultura), por pluriculturas diversas, arbustos incluídos, de espécies endémicas; que se apertasse a vigilância, voltando a repor os guardas florestais há muito eliminados. Isto sim, seria unir os portugueses construtivamente em torno de um problema dramático, não dividi-los, frustrá-los, enganá-los, como está a acontecer agora.
Ahahahaaa!…
Gostei especialmente da parte da silvas que são sustento da família!
“Nenhum juiz vos obrigará a pagar uma multa por não cortarem umas silvas se evocarem que as amoras são sustento alimentar para a família.”
Lindo!…
É totalmente verdade o que disse. O problema nunca foi das arvores mas sim dos incendiários e de todos interesses por detrás do fogo… será que querem acimentar o país…Pobres homens que comandam o país………
Os incendiários apanhados às centenas… Algum foi julgado, condenado e preso?!!!! Pelo menos nunca ouvi falar nisto pela imprensa, AR TV, Prós e contras, etc etc…. Será que os incendiários são animais de estimação e contribuem fortemente para as actividades económicas da corrupção?!!! Uma pergunta apenas. Sendo o país o topocorrupto da desunião, vulgo EU, nada é de admirar. Muitos dos trabalhos que se estão a fazer agora, têm de ser feitos novamente em maio, ou será que por graças ao espirito santo, as ervas não vão nascer…Há qualquer coisa de errado nisto tudo…. Tudo tem a sua época… e até a época dos aceiros….. e viva a “DEMOKRATUR”
caso esta lei tivesse partido hipoteticamente do governo formado pelo partido que ganhou as eleiçoes….. ja teria havido mais que 5000 manifestaçoes em todo o pais com as televisoes e seus lacaios vocifrando a inconstitucionalidade da lei e contra a liberdade do cidadao . a quercus ja teria gritado as sete ventos que era um crime…. o instituto da proteçao a natureza ja teria emitido um comunicado a cada duas horas….. mas como foi uma lei emanada deste sinistro governo… ta se bem e recomenda se…. com o sr dos beijinhos a imitar a cigana dora… abanando a cabeça sim sim sim,a porta deste comboio fantasma a caminho de ainda nao se sabe o que!!!!!
Muitos parabéns pelas palavras que escreveu
“lembre-se, 99% dos fogos são causados por mão humana”
Fonte?
“No nosso clima e se a vegetação fosse endémica, estima-se que um grande fogo provocado por causas naturais ocorreria aproximadamente a cada 500 anos”
Quem é que estima isso? A vegetação/clima mediterrâneo é o mais propício a fogos.
Relatório da Autoridade Nacional de Proteção Civil (2012).
Você fala assim porque certamente não perdeu todos os bens de uma vida de trabalho por causa dos incêndios e que na maior parte por descuido e falta de cuidado e de limpezas dos terrenos e florestas por parte dos proprietários .
Se tivesse perdido seria mais um certamente a pedir indemnizações ridiculas ao mesmo estado que vem aqui criticar….
Enfim e ainda vem para aqui com conversa de intelectual…
A lei 12/2006 usa precisamente, e de modo perverso, a imagem emocional da (inegável) tragédia associada aos incêndios para perpetuar acções inconstitucionais. A lei quer-nos crer que o acto livre de alguém, na sua propriedade privada (não num espaço público, sublinhe-se), isto é, o simples acto de não cortar um silvado (o qual, muitas vezes, ele não plantou, e que crescerá regularmente), ou de não podar os ramos mais baixos de uma árvore de fruto, é um crime e pode ter como consequências mortes, prejuízos, etc… Assim, tenta limitar a liberdade no espaço privado. E se diz, como de facto diz, que se trata de uma questão pública, tenta ainda contornar o direito fundamental consagrado no artigo 62.º, ponto 2, da nossa Constituição: “a todos é garantido o direito à propriedade privada” e “a [sua] requisição e expropriação por utilidade pública só podem ser efectuadas com base na lei e mediante o pagamento de justa indemnização.” Veja-se que não só não vem o Estado requisitar as propriedades privadas para as limpar, pagando uma “justa indemnização” aos seus proprietários pelos danos causados, como ainda vem penalizar esses mesmos proprietários obrigando-os a iniciar actividades custosas, física e monetariamente (cortar árvores, roçar arbustos, exterminar biodiversidade, acentuar erosão do terreno, contribuir para o empobrecimento do solo, etc.) indiferente à sua vontade (e direitos). É o mesmo que dizer que estes proprietários, que tiveram a infeliz casualidade ou decisão de possuírem uma casa no meio da natureza (ou de deixarem crescer a natureza), não sendo ainda agentes causadores de um fogo, para o Estado e para a sociedade, em todo o caso já o são, e têm, portanto, de arcar com as responsabilidade disso – são os novos bodes pirómanos expiatórios. Ora, a ser assim, estes proprietários rurais estão também a ser descriminados face aos cidadãos que não possuem esse tipo de terrenos. O que perpetua mais um conflito com o artigo constitucional que prevê o tratamento igual de todos os cidadãos.
Se o senhor(a) se informar, e se depois disso entender que limpar tudo à volta da sua casa o vai salvar, é consigo. Que limpe. Já eu posso querer viver no meio das árvores, dos pássaros, com os caracóis e as melgas a entrar-me em casa – e porque não numa casa de madeira que construí no meu terreno. E acho que fazendo isso não estou a ser agente de nenhum crime. Felizmente vivo num país cuja constituição me permite esta liberdade e ainda bem.
E lembre-se de uma coisa: a questão podia estar a ser discutida ao contrário. Podia-se estar aqui a falar de uma lei que valorizasse as consequências trágicas do definhamento dos ecossistemas, da degradação dos solos férteis, das fundações que sustentam a vida de todos (e das gerações futuras), acima das consequências trágicas dos incêndios, e viesse, da mesma forma, obrigar os proprietários que se queriam proteger dos fogos a plantar árvores e mato à volta das suas casas.
Para aqueles descuidados e negligentes que pegam em máquinas no pico do verão, mandam beatas para a rua, etc, esses arriscam-se a serem iniciadores activos e primordiais de um evento que vai ultrapassar as fronteiras da sua propriedade privada e para isso há leis que os condenam e punem. “A liberdade de um acaba quando começa a do outro” – O Estado vem com esta lei dizer que já não existe espaço para a “liberdade de um”, só existe a “liberdade de todos”, ou assim, neste caso, lhe convém.
Muito simples responder ao seu comentario que para mim pouco sentido sequer tem…
1″ e ao contrário do que se vem aqui a dizer , esta lei não foi sequer criada pelo atual governo …
2″ se você analizar o problema nem esta na lei , mas sim na forma de cada um a entender , o que na maior parte das vezes acontece de forma errada .
Em parge nenhuma desse decreto esta dito que os proprietários de terrenos ou florestas devem cortar tudo o que lhes aparece pela frente , apenas cumprir distâncias descritas nesse mesmo decreto .
Se as pessoas vão pelo apenas ouvido nas noticias ou dito pelo vizinho ,isso não é culpa da lei , é sim ser estupido ou ter muito pouca vontade de procurar a informação certa nos locais indicados para tal.
Quanto a contruir uma casa no meio do pinhal , desde que jistamente licenciada passa a ser um problema seu , e se por acaso uma tragedia acontecer e que apenas afete os seus bens e ponha em risco apenas a sua vida e não a de terceiros , é um problema seu apenas .
Não esta é no direito depois de querer ser indemnizado por parte do estado como tem acontecido.
A lei esta feita e estou completamente de acordo com ela e que seja respeitada a risca pelas autoridades…
Não está em questão se foi este ou outro governo que criou a lei, se o proprietário perdeu tudo nos incêndios ou não, se alguém pede ou não indeminizações, se elas existem, ou outras questões pessoais de cada um.
Só queria trazer à discussão que, na minha opinião, o espírito de leis como estas, é violador das liberdades individuais que estão consagradas na constituição e que é passível de ser refutada em sede judicial.
A lei mais absurda que já vi entre as muitas (absurdas) que têm sido feitas!
Em vez de se tentar corrigir os erros feitos nos últimos 40 anos pelos vários governos, erros esses que deviam ser assumidos pelo estado, passa-se a ‘batata quente’ para as pessoas enconstando-as à parede com a ameaça de coimas avultadas, fazendo-as crer que a culpa de tudo o que de mau aconteceu foi culpa sua! Ridículo!!!
https://www.noticiasmagazine.pt/2017/ha-2-28-anos-um-povo-lutou-contra-os-eucaliptos-e-a-terra-nunca-mais-ardeu/
Quando é que os políticos começam a ser responsabilizados pela m@rda que fazem?
Ou seja o que agora dizer e que em vez de ser o proprietário a cuidar do que lhe pertente para minimizar riscos de bens e vidas de terceiros , e o estado que tem que cuidar disso ?????
!!!!!! E a lei é que e absurda !!!!!!!
Sobre as Florestas. Atentos ás opiniões de Luis Silva Rodrigues, Presidente da Câmara de Viseu e outros. Só me resta acrescentar. A partir de quando os nossos digºs. Governantes deixam de criar leis atrás de leis sem nexo e sem sentido
A falta de capacidade para compreender a lei, não quer dizer que a lei está errada; apenas que há muitos proprietários de terrenos que são estúpidos!!!
Nunca vi comentário mais acertado , parabéns .
O problema nao é a lei criada , até porque para os mais informados , esta lei não é nova ,ja vigora a mais de 4 anos.
O grande problema é que ninguém a cumpria por saber que não existia problema nisso.
Agora que a lei vai ser aplicada de verdade pelas forças de autoridade , culpa se o estado e não a estupidez do proprietários , que muitas vezes até estúpidos não são…
Mas jogam de estúpidos com o intuito de no ano seguinte virem dizer , como no ano passado fiz asneira este ano não levanto cu da cadeira , assim se algo acontecer ,entro na nova moda portuguesa , culpa se o estado… Enfim
A lei está completamente errada porque:
‘As a general rule, globally only around 4 % of all forest fires have natural causes such as lightning
In all other cases, humans are responsible for the fires – be it directly or indirectly,
deliberately or due to carelessness.’
World Wildlife Fund: Causes and effects of global forest fires
E?!
Sendo assim, há duas hipóteses: limpa-se e ordena-se a floresta ou acabam-se com os todos os humanos!…
É ver qual faz mais sentido!…
.
Para mim, a lei está completamente correcta e só peca por tardia!!
A falta de limpeza/ordenamento/gestão também contribui para os incêndios provocados por humanos, principalmente os incêndios negligentes!…
Além disso, os incêndios fazem parte da nossa floresta, sempre existiram e vão continuar a existir; agora é só escolher quando e onde deve arder ou deixar estar tudo como está!
Tem imensa graça como tudo passou a funcionar nesse pais de mentes tão atrasadas.
A fogo , a culpa e do governo
A chuva a mais , a culpa e do governo
Esta vento , a culpa e do governo
A seca , a culpa e do governo
As pessoas não querem trabalhar , é culpa do governo. ..
Quando famílias perdem tudo nos fogos ,que venha o governo pagar as indenizaçoes .
Santa paciência , é mais facil culpar do que levantar o rabo do sofá e fazer algo pela vida …
Sou 1000% a favor em se punir os proprietários que não cuidam daquilo que e seu e colocam assim em risco os bens e potencialmente a vida de terceiros em perigo , iria ainda mais longe …
No caso de provada por partes de proprietários de florestas a negligência e causa de danos em bens ou vida de terceiros , serem julgados criminalmente pelos danos e mortes , e as mesmas indemnizações que agora paga o estado ,sairem do bolso desses mesmos proprietários .
Muito simples não existe tempo ou por questões financeiras ou mesmo falta de vontade de cuidar do que a si pertence… Venda… Ou então deveriam ser expropriados.
Antes das expropriações e multas veja primeiro quantos cidadãos não construíram as suas casas junto a matos e eucalipais já existentes há dezenas de anos? Agora os proprietários é que têm de remover o eucalipal…. Quer exemplos? Tenho aqui vários junto a mim
Nessa questão nem deveríamos sequer falar , pois mais uma vez digo e nesse caso concreto em vez de atirar tudo ao estado , culpe entao a autarquia onde reside , pois não e o estado quem passa os alvarás ou licenças de construção , mas sim as camaras ….
Dai a questão que o senhor esta a por é muito pouco razoável e sobretudo sem fundamento.. mas como venho sempre a dizer é mais facil culpar o estado por tudo.
Pouco razoável e sem fundamento?? Não encontro falta de fundamento, tenho vários exemplos aqui bem perto que servem de fundamento. E não, não culpei o estado de nada, apenas estou contra a lei.
Já se perguntou qual o papel das celulosas na alteração da nossa floresta, com o conluio de vários governos?
Já investigou quais as consequências directas/indirectas que isso teve na nossa floresta?
Quem é que faz negócios com os incêndios?
(…) ‘Eis algumas hipóteses sem preocupação de hierarquia:
– Ao “negócio” da compra e venda da madeira; a madeira queimada é mais barata, dá lucros a curto prazo, mas é suicidária a longo prazo;
– Às celulosas, no sentido em que poderão querer promover a substituição do coberto vegetal por outro de crescimento mais rápido e melhor para o negócio do papel;
– À especulação imobiliária, no sentido de favorecer o “negócio” da compra e venda de propriedades;
– Ao “negócio” da caça privada versus caça pública, atente-se às polémicas havidas;
– Ao “negócio” das indústrias relacionadas com o combate a fogos, viaturas, equipamentos diversos, extintores, compostos químicos, etc., alguns dos quais estão relacionados com elementos da própria estrutura de comando de bombeiros (como chegou a vir a público no ano transacto);
– Ao “negócio” dos meios aéreos para combate a incêndios. Este negócio disparou nos últimos anos. Até ao governo do Engenheiro Guterres a maioria dos meios aéreos envolvidos pertencia à Força Aérea (FA), que tinha gasto nos anos 80, cerca de 200.000 contos em equipamentos.’
Sabado: Negócio dos Incêndios 09-08-2016
Há cerca de 2 anos mandei desbastar um pinhal com cerca de de 20.000 m2 e limpar o terreno de modo a facultar o crescimento das árvores. Tenho um vizinho que tem uma área maior mas é da Junta de Freguesia em que a travessia é impossível pois havia ramagem de 30 em 30 cms. Em Outubro passado o fogo pegou ali e eu perdi todos os pinheiros. Tinha-os mantido por questões sentimentais de família. Neste momento tenho oferta para vender o resto da memória da família a um agiota. Será que em vez de investir o dinheiro na plantação de sobreiros ou outra espécie , não será melhor pedir licença para criar uma zona de entulho ?
Como vivo e trabalho em Lisboa, não é fácil nem tenho tempo para ir cortar os fetos no local.
Que se lixe o carinho pela manutenção de espaços por questões morais? Vou pedir uma licença para vazar entulho de obras. Este pelo menos não arde e bem trabalhado ainda podemos ganhar mais algum dinheiro com a reciclagem. Para finalizar essa ideia de ter pinheiros a uma cota mínima de 10 metros é típica de alguém que chumbou em matemática. Aproveite os troncos cadáveres do pinhal de Leiria ( área protegida e da responsabilidade do estado- Peço desculpa por ter escrito em minúsculas), some os troncos, equacione com a área total e mande abater 50% dos pinheiros existentes no país.
Simplesmente brilhante e típico de quem vive na cidade e faz férias nas Maldivas onde a ocorrência de fogos não existe.
Como faço projecto e tenho de passar Termo de Responsabilidade caso a caso, também toda e qualquer proposta legislativa deveria ter um autor. No meu caso respondo por tudo, no caso em apreço, ninguem responde por nada. Viva Democracia dos ZÉS NINGUÉNS.
Portanto, concorda com a lei que obriga o seu vizinho a limpar o terreno junto do seu!
Eu também, só não percebi essa de fazer do seu terreno uma lixeira… se o seu vizinho não cumpre, é só fazer queixa e obriga-lo a cumprir – não tem que destruir a sua floresta por falta de educação/civismo do seu vizinho; até porque é precisamente para esses que a lei existe e tem mesmo que ser cumprida, senão está sempre a acontece o que lhe aconteceu a si!!
Quando vier o Verão e os incêndios começarem, já ninguém se lembra desta polémica. Os incêndios vão continuar, porque os incendiários continuam à solta. Este ano não deve ser em Pedrogão porque lá já tudo ardeu. Para os lados do Porto também não, porque foi há dois ou três anos. Este ano deve ser na minha terra, cá mais para baixo, onde há muitos anos não arde nada!!!
Uma questão: conheço uma casa de habitação que foi construída encostada a um pinhal… ( alguém da câmara municipal deu luz verde para tal… )
À luz destas leis, o proprietário do pinhal terá de cortar os pinheiros por causa da casa… tem direito a ser indemnizado ou nem por isso?
Vai ser mais fácil o Estado fazer um velhote sem rendimentos pagar uma multa por não limpar um terreno que já não pode cuidar do que condenar os incendiários. Que pretende o Estado com esta Lei afinal ? Proteger as pessoas ou aplicar multas, ou fazer com que empresas de limpeza de terrenos cobrem valores exorbitantes a quem não tem rendimentos? Isto apenas serve para mascarar a enorme incompetência mostrada no combate aos fogos no ano passado que provocou a morte a mais de uma centena de pessoas, dando a entender que a responsabilidade é mais dos proprietários do que do Estado que nos devia proteger. Será que o objectivo é que os velhotes que já não podem cuidar dos terrenos as entreguem ao Estado ?
Bem vistas as coisas… queria ver alguém do governo a responder a essas questões…
Verifica-se, em muitos casos, falta de razoabilidade e de critério na limpeza dos espaços. Ainda hoje de manhã vi um terreno à beira da estrada em que, pura e simplesmente, arrasaram TUDO – pinheiros com 30 ou 40 anos e tudo o mais. Nem se aproveita sequer a madeira para venda e ficou tudo para lá para uma borda. Agora nem estrato arbóreo nem estrato arbustivo nem herbáceo. Isso não é próprio de espaços florestais nem de uma boa gestão. Gerir para colocar a zero não é gestão. Estes maus critérios são lesivos da gestão sustentada das florestas, da biodiversidade, dos habitats, do rendimento monetário também. E as senhoras câmaras, que só vêem IMI, que tenham cuidado nas licenças de construção, por que raio tenho eu de cortar as minhas árvores (limpas ou não) por causa daquele que construiu ao meu lado? Esta é uma boa maneira encapotada de vir a aumentar as áreas de construção e de diminuir as áreas de reserva agrícola e ecológica. Não vejo nenhuma lei nem incentivos a quem desenvolve projetos de conservação das florestas (que os há), de proteção e manutenção das matas nacionais, só se vêem as coisas do lado da multa e da repressão. E , já que estão a fazer novas leis, todo e qualquer indivíduo apanhado/culpado de atear incêndios devia ter logo garantido pena de prisão efetiva, nada de os deixar cá fora à solta…
Esta questão é muito simples. O governo, depois de vender a quase totalidade do patrimonio publico e empresas publicas descobriu o novo filão de receita. Chamam-lhe o “Ouro verde”. Ou seja, antes que o parque florestal português tenha sido bombardeado por engenhos vindos do céu e outros, para dar trabalho às varias empresas privadas de comunicação e aviação, criando uma manobra de diversão para os acordos milionàrios que estavam a ser assinados com as industrias papeleiras nacionais ao mesmo tempo que preparavam a grande reconversão das florestas num imenso eucaliptal certificado. A intenção é simples, é permitir que as industrias papeleiras portuguesas aumentem a sua cota no mercado internacional, aumentem a sua produção e ao mesmo tempo sejam pagas pela taxa de carbono e pelos subsidios europeus para a reflorestação. Mas o negocio do ouro verde não termina ai, ele continua com os privados, para que sejam obrigados a pagar multas pela falta de “ordenamento” inventado e certificado pelas industrias do papel, obrigando os privados a plantar eucaliptos “certificados”. Este acobertamento e incitação à actividade criminosa é bem visivel na questão da poluição das àguas do Tejo que continua a ser acobertada pelo estado em deterimento do atentado ao ambiente cometido pela Celtejo e ainda sem a minima responsabilização desta empresa privada pelos crimes cometidos. Esta lei é mais uma das manobras de diversão do estado para determinar as verdadeiras causas deste atentado ambiental e seus responsàveis, ao mesmo tempo que elimina todas as possibilidades aos privados de desenvolver uma actividade florestal responsàvel com espécies autoctones.
Os Bombeiros também podiam ganhar 40.000/hora, para não haver fogos, Os helicópteros para o combate aos fogos, seriam dispensados.
Porque razão é que acabaram com os Guardas Florestais, e os Cantoneiros nas estradas no interior.
O governo está a gerir a floresta como se fosse dele? Todos sabem o que se passou com o pinhal do rei que na sua quase totalidade era público!!!Como foi bem gerido!! Como é que se pode multar alguém por fazer (ou não fazer) o que nós fizemos (ou não fizemos)?
A nossa entrada na UE tem destes revezes! Nós somos definitivamente o caixote do lixo dos nossos amigos “frugais/agiotas”,do Norte! Todo o tipo de indústrias que não lhes interessam deslocam-nas para Sul!! A indústria do papel é assustadora porque levou ao caos a nossa floresta tradicional e eles continuam com as suas intactas, como os franceses que não deixam de exportar as suas pipas de carvalho para Portugal. E os nossos carvalhos onde estão? É impossível uma melhor gestão florestal nas condições em que se encontra o nosso parque! O eucalipto foi com o Toyota veio para ficar. Depois dos terríveis incêndios o centro está de novo “reflorestado”. Os troncos dos eucaliptos rebentaram e já quase NÃO SE PERCEBE que houve incêndios e daqui a cinco anos a tragédia voltará porque não foram apuradas responsabilidades. É impossível alterar as características da nossa floresta actual porque, também, é quase impossível arrancar um eucalipto. Ele continuará a minar o nosso território enquanto as nossas autoridades estiverem a soldo das papeleiras venham as leis que vierem e apliquem-se as multas que se aplicarem!!