Montenegro reunido com Pedro Nuno para tentar resolver impasse da AR

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ZAP // José Sena Goulão / Lusa

A pedido de Luís Montenegro, os líderes do Partido Social Democrata (PSD) e do Partido Socialista (PS) reúnem-se, esta manhã, para resolver o impasse da votação para a presidência da Assembleia da República (AR).

É a falar que a “gente” se entende: Por força das atuais circunstâncias da Assembleia da República, acontece, já nesta quarta-feira, a primeira reunião entre o primeiro-ministro indigitado e o líder da oposição.

Luís Montenegro e Pedro Nuno Santos vão encontrar-se, esta manhã, para tentarem resolver o impasse da eleição do novo Presidente da Assembleia da República.

Depois da “confusão” do dia de ontem, o Parlamento vai hoje a uma quarta votação para (tentar) eleger a segunda figura do Estado Português.

Quando se esperava esse cargo estava reservado a José Pedro Aguiar-Branco, o PS e o Chega “bateram o pé” e chumbaram o candidato do PSD.

Na terceira e última votação do dia de ontem, o socialista Francisco Assis obteve 90 votos, contra os 88 de Aguiar-Branco.

Entre acordos, traições e birras, André Ventura, no final da noite, convidou insistentemente Luís Montenegro ao diálogo com o Chega; mas o primeiro-ministro indigitado parece não ter dado a vazão a esse convite.

De acordo com o jornal Público, Luís Montenegro preferiu virar-se para Pedro Nuno Santos, para chegarem a um consenso que lhes permita “sair do embróglio”.

Assim, espera-se que um dos dois partidos do centro se “rebaixe”: ou o PS retira a candidatura de Francisco Assis e aceita o candidato do PSD em nome da “dignidade das instituições”; ou será o PSD a retirar o nome de Aguiar-Branco e a “dar a vez” ao candidato mais votado pelos deputados.

Na rede social X/Twitter, André Ventura, foi rápido a reagir ao encontro, ironizando que “O PSD começa bem… já de mãos dadas com o PS“.

Por sua vez, também a página do seu partido criticou, nas redes sociais, a “união de esforços” entre os partidos do “centrão”.

O que poderá acontecer?

De um lado, seguindo a mesma lógica que Pedro Nuno usou quando prometeu não inviabilizar um governo do PSD, não é totalmente descabido que o PS aprove o nome de Aguiar-Branco para segunda figura de Estado.

Por outro lado, o PSD poderá deixar passar Assis e virar o jogo contra o Chega, acusando-o de estar de “mãos dadas” com o PS, ao impedir a eleição de um candidato da direita, em detrimento de um socialista

Miguel Esteves, ZAP //

2 Comments

  1. Como quê , nada mudou neste hemiciclo ! …………A Palhaçada continua e continuará a dar tristes representações a custa dos Contribuintes . O ” Sistema ” cada vez mais podre !

  2. “A pedido”, pois claro!
    Devagarinho, mas Já começam a aprender…
    Só espero que Pedro Nuno Santos seja “caridoso” como merecem.

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