Ministro diz que terá sido infectado com covid-19 “nas refeições” com colegas de trabalho

O ministro do Ensino Superior, Manuel Heitor, já está recuperado da covid-19 e acredita que foi contagiado durante almoços de trabalho no âmbito de reuniões que manteve em Bruxelas e na Universidade de Évora, onde estiveram pessoas infectadas.

Uma ideia defendida por Manuel Heitor em declarações à Rádio Observador, onde refere que nesses encontros de trabalho, estavam “todos com máscaras”.

Portanto, o ministro acredita que só pode ter sido infectado durante as refeições, “onde tiramos as máscaras”, como refere.

Apesar de estar certo de que foi daquele forma que ficou contaminado com a covid-19, Manuel Heitor entende que os restaurantes devem continuar abertos, pois defende que é “uma actividade económica particularmente importante, mas também uma actividade social e humana que está muito endogeneizada pela sociedade portuguesa”.

Assim, recomenda que as pessoas continuem a utilizar os restaurantes, mas com “um cuidado extremo“, nomeadamente “evitando as refeições em grupos”.

“Números totalmente desprezáveis”

Na entrevista à Rádio Observador, Manuel Heitor considera ainda que os casos de infectados nas residências universitárias são “números totalmente desprezáveis”.

“Quando olhamos à concentração de estudantes infectados, é muito pequena face à população”, salienta o ministro do Ensino Superior, realçando que a taxa “está abaixo de 0,1%” quer no Porto, em Coimbra ou em Lisboa.

Sobre as condições das residências universitárias, Manuel Heitor destaca que temos de ser “realistas” e reconhece que têm “quartos pequenos”. Portanto, fazer um confinamento nestes espaços “é bastante prejudicial”, diz.

O ministro recomenda ainda aos jovens para que não se esqueçam do “uso de máscara” e que tratem de “evitar ajuntamentos e sobretudo as refeições”.

Manuel Heitor revela também que o “Plano Nacional de Alojamento Estudantil está em curso para poder, até ao fim da legislatura, ter [um total] de 12 mil novas camas”, o que inclui “camas intervencionadas” em “muitas residências que não têm condições”, como explica.

“As obras não se fazem de um dia para o outro” e algumas “foram aceleradas e outras atrasadas”, acrescenta o governante.

“A estratégia que seguimos foi diversificvar o tipo de camas devido à capacidade instalada que existe em alojamentos locais, em camas protocoladas com as autarquias, como as Pousadas da Juventude“, esclarece Manuel Heitor.

“As residências estão sensivelmente a 85%, 90% de taxa de ocupação“, considera ainda Manuel Heitor, realçando que mo último inquérito realizado “75% dos estudantes” apontou que prefere ir para um quarto alugado.

ZAP //

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