Ministra da Saúde dá murro na mesa e vira tudo ao contrário

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António Cotrim / LUSA

A ministra da Saúde, Ana Paula Martins

Problemas no SNS acumulam-se. Ana Paula Martins chegou ao seu limite quando fecharam urgências e concursos atrasaram-se.

A ministra da Saúde já tinha sido bem clara quando, há praticamente três meses, disse que há “lideranças fracas” no Serviço Nacional de Saúde (SNS), nomeadamente nos hospitais.

Seguindo o rumo do primeiro-ministro Luís Montenegro, Ana Paula Martins considera que recebeu uma herança “muito má” dos últimos três Governos socialistas.

A lista de problemas foi aumentando, até que a ministra chegou ao seu limite quando se acumularam as urgências fechadas e quando se atrasou a abertura dos concursos para médicos de família e psicólogos.

Ana Paula Martins queria cumprir mais medidas do Plano de Emergência e Transformação da Saúde, mas a sua meta está a ficar para trás.

Por isso, descreve o SOL, a ministra da Saúde decidiu dar um murro na mesa e virar tudo ao contrário.

Vem aí uma “limpeza” das novas 39 Unidades Locais de Saúde (ULS) e, como já se começou a ver, administrações serão demitidas. Já começou pelo Hospital Garcia de Orta, surpreendendo os seus dirigentes.

Mas até ao final de 2024 vão ser anunciadas novas demissões – de preferência antes que os dirigentes completem um ano de funções, para não serem indemnizados por isso.

Pelo menos nove unidades vão mudar de direcção: Guarda, Cova da Beira, Aveiro, Leiria, Arco Ribeirinho (Barreiro), Lezíria (Santarém),Oeste, Médio Tejo e Trás-os-Montes e Alto Duro.

A ministra acha mesmo que há administrações “incompetentes” e começou a criar uma disputa “insustentável e com consequências graves para o todo o sistema”, avisa fonte próxima da direcção do SNS.

Esta ruptura não surpreende. Primeiro porque, ainda em Abril, já se suspeitava que Ana Paula Martins seria uma das três “damas de ferro” deste Governo, devido ao seu “autoritarismo” e se situarem “mais à direita”. Foco nos resultados.

Mais recentemente, na semana passada, fez um balanço do Plano de Emergência e Transformação da Saúde e foi clara: “Não conseguimos mudar tudo. (…) Correu tudo bem? Obviamente que não”.

E voltou a apontar o dedo para quem gere os hospitais públicos portugueses: “Isto não pode acontecer. As unidades locais de saúde têm de garantir a sua missão de serviço público e uma gestão eficaz dos seus recursos humanos”.

ZAP //

21 Comments

  1. Durante a pandemia da doença do coronavírus covid-19 da Organização Mundial da Saúde pediram aos Portugueses que se dessem como voluntários, mas quando esses voluntários se aperceberam que algo não batia certo e queriam era gente para trabalhar de graça no SNS e afins, recusaram, e o Estado avançou com a contratação de trabalhadores com a maioria a ser cedida por privados, sem concurso público, com grande parte sem perfil para ser profissional de saúde ou desempenhar funções de outro carácter no SNS, pior, profissionais de saúde devidamente credenciados e com experiência comprovada não foram chamados; toda essa gente que entrou nessa circunstância deve ser despedida.

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  2. Na passada sexta feira em Diário da República foi publicada a extinção de todas as Administrações Regionais de Saúde.
    Resumindo e concluindo, ou seja, foram extintas as delegações de competências nas referidas Administrações.
    O Serviço Nacional de Saúde com esta medida inconstitucional já que não foram criadas outras estrutura é o princípio do FIM do SNS.

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  3. A verdade é que os planos de férias são autorizados pelas administrações e se não cumprirem com as garantias mínimas de socorro aos utentes, algo está abandalhado. O SNS tem de perceber que o seu objeto de trabalho são as pessoas frágeis. Os administradores ao facilitarem são incompetentes, ou porque sim ou porque sabem demais o que andam afazer, ou ainda porque não tem coragem. Então vão para casa para o conforto do lar. Gostaria de não estar de acordo com a Ministra e espero, que em defesa do SNS saiba quem vai escolher.

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  4. Os medicos precisam disso. Os deuzes na terra nunca foram contrariados. Isto só começou com o então coordenador da epidemia covid. Será que temos de chamar a Marinha para organizar o SNS?

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  5. O Sr Almirante só queria profissionais que já trabalhassem no sns!!!! porque seria?????os profissionais de saúde do privado não eram chamados. Como sempre portugueses de 1ª e o lixo!

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  6. Parace ser consensual que estamos perante o chamado “elo mais fraco” do governo. Entrou de rompante culpandio os anteriores giovernos pela situação so SNS e apresentando medidas para resolver o problema. A realidade mostra que a situação do SNS ccontinua a agravar-se. A ministra calou-se e apareceu agora, de novo, culpando os outros!
    Não vai longe,,,

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  7. Sem falar por mim como dependente que sou do SNS, é manifesto que há já tempo suficiente para concluir que a actual Ministra da Saúde, autoritária e manifestamente incompetente como se tem visto, deve sair o mas rapidamente possível da pasta fundamental que é a da Saúde, seja privada e sobretudo pública!

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  8. Dá um murro na mesa, e muito chateada vira-se para o público e diz: vou trocar todas as direções por amigos do partido!
    Raça podre PSD e PS, sempre a nesma história, sempre o mesmo desfecho, um SNS cada vez pior, até o dia em que ditam a sua morte e troca pela saúde privada.
    Se fosse ao contrário é que era, é admirável o empenho e estabilidade deste projeto multipartidário de acabar com o SNS, são anos a trabalhar incansavel.ente na mesma direção.

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  9. Devia era dar um murro na cabeça; que triste! Claro os governantes têm todas as mordomias para consultas, pratamentos, afins e cunhas quem está mal é o Zé povinho.

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  10. Isto tem tudo a ver com a cedência aos privados, já vimos este filme várias vezes.
    Criar a degradação total e depois reconstruir para os amigos ideológicos. Até parece que estamos a falar do PCP!

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  11. No publico todos querem igualdade , na carreira , no salário e nas benesses qu o mesmo pode oferecer. Quando toca a responsabilidades… todos fogem. Os fracos líderes devem ser corridos . Apliquem o princípio da meritocracia .

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  12. Tanto alarido e areia para os olhos do zé povinho Isto não é mais do que uma limpeza dos boy’s incompetentes do PS para substituir por boy’s incompetentes do PSD que pouco sabem de gestão, é assim a 50 anos e o povo gosta.

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  13. Esta é a mesma senhora que quando foi responsável pela gestão do serviço de obstetrícia do Hospital de Santa Maria deixou aquilo num caos. E depois demitiu-se, fugiu. Pelos vistos, vai fazer o mesmo com o SNS. O sinal mais importante da sua mediocridade como gestora deu-o quando empurrou para fora da direção do SNS um competente médico e gestor, Dr. Fernando de Araújo, e colocou lá um militar sem provas dadas em sistemas tão complexos. Trata-se na prática da partidarização da saúde em Portugal. Ela não sabe que gerir bem implica ouvir e chegar a acordo com as pessoas de cujo trabalho ela depende. Numa empresa, seria demitida em menos de 1 mês. Convém recordar, a propósito, que o Dr. Fernando Araújo foi um dos principais responsáveis pela organização e articulação das unidades de saúde na zona do Porto: como se sabe, nesta zona não houve até agora nenhum problema de caos nas urgências, como acontece em Lisboa e ale do Tejo.

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  14. O português é sempre o mesmo triste…
    O SNS esta em colapso, com “diretores” que em vez de fazerem a situacao melhorar, so piora.
    Manda-se para a rua essa gente “competente” mas que nao serve para os privados, vem tudo chorar.
    O tempo dos mamoes acaba vem eles chorar mais um pouco do que tanto choram…

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  15. Função publica a bandalheira do costume, como acho que nao tem patrão e tudo a maneira de cada um, depois estão minados de sindicalistas, esses nem a troca do almoço os querem e quem se lixa e sempre os mesmos, se eles tivessem de usar o serviço publico de saude já pensava duas vezes.

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  16. Claro que tem de dar um murro na mesa. O melhor seria enviá-lo diretamente para quem destruiu o SNS, com as palhaçadas do medo dos privados. Basta ver em Braga, onde o Hospital era, antes da geringonça, o melhor do País, mas a esquerda como destesta eficiência e bom serviço, estragou e hoje é um dos tão maus como os piores…

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  17. Mas que culpa tem a Mesa ????????……………………. Un murro no Sistema , repor un Serviço SNS a funcionar , sem o Sistema estar a beneficiar vergonhosamente o Privado , aí sim seria un murro bem dado !

  18. Mulher valente! As administrações hospitalares estão cheias de xuxalhada incompetente. Administram de mãos nos bolsos, quase a assobiar e em conversa constante.É este estilo de governar xuxa que tem levado o país a esta degradação. Há que fazer uma purga imediata, tirar estes parasitas e pôr o SNS a trabalhar com plena competência. Só alguém com força e determinação pode levar por diante esta tarefa tão exigente. Está na hora de afastar esses rasquidos mamões.

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