Entre a lista de 17 ministros, o “autoritarismo” de Maria do Rosário Palma Ramalho e Ana Paula Martins pode ser assunto frequente nos próximos meses.
Luís Montenegro lidera o XXIV Governo Constitucional, que toma posse mais logo, com 17 novos ministros na política portuguesa.
Na lista apresentada na semana passada ao presidente da República, há dois nomes que podem criar mais problemas nas respectivas pastas: Maria do Rosário Palma Ramalho (ministra do Trabalho) e Ana Paula Martins (ministra da Saúde).
“Algumas pessoas do novo Governo são muito à direita, vai ser um problema“, declarou Pacheco Pereira, dirigindo-se exactamente aos dois nomes mencionados acima.
O politólogo José Filipe Pinto concorda. Também na CNN Portugal, disse que Maria do Rosário Palma Ramalho e Ana Paula Martins são as ministras “mais à direita” no novo Governo.
Provavelmente o problema principal de ambas será o foco nos resultados: “Medem as políticas pelos resultados, mais do que pelos princípios”. E podem ser acusadas de algum autoritarismo, considera o especialista.
É uma “postura dirigista” na ministra do Trabalho e “dureza negocial” na ministra da Saúde – numa pasta que deve passar por muitas negociações durante esta legislatura.
“Há uma forma de gerir e definir a estratégia que as afasta do PS, porque privilegiam a ética da responsabilidade sobre a ética da convicção”, analisa José Filipe Pinto.
Mas o problema principal até deverá ser outro, segundo o politólogo: as junções de Agricultura e Pescas; Educação e Ensino Superior; Infraestruturas e Habitação – “Por mais secretarias de Estado que se venham a criar, não tem a importância do Ministério”.
E ainda há um terceiro nome aparentemente mais problemático. E também é uma mulher: Margarida Blasco, ministra da Administração Interna.
O Chega já pediu publicamente que Luís Montenegro escolha outra pessoa. A antiga inspectora-geral da Administração Interna “provocou mal-estar entre os polícias, com acusações de racismo” e há “um certo descontentamento das forças policiais sobre esta nomeação”, segundo André Ventura.
Margarida Blasco “criticou severamente o comportamento de vários polícias, nomeadamente quando foi o caso do Bairro da Jamaica” e “chegou a falar de polícias que tinham de ser erradicados”, explicou o presidente do Chega.
Mais problemas que o Galamba e o PNS criaram ao PS e ao Kosta, não acredito!!!
Existe uma linha ténue entre a opinião de comentador e ser uma pessoa misógina. Pacheco Pereira é misógino. Diz serem mulheres de extrema direita quando ele próprio está a tomar posições e discurso de extrema direita. Se alguma credibilidade tinha como figura política, para mim perdeu-a toda.
São mulheres de direita e sim, podem fazer um bom serviço ao país com as pastas que estão a assumir.